dezembro 13, 2004
Impressões
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Desço pela manhã á cidade. Como sempre, pela velha regra do "se-não-está-a-chover-não-levo-guarda-chuva" apanho logo na minha rua os primeiros aguaceiros escassos na cabeça. Sigo caminho. Não me importo. Se há uma coisa que tenho dificuldade em perceber é a mania das pessoas deste sÃtio em pelarem-se todas se apanham uns pingos na cabeça.
Enfim...Desço.
É um tÃpico dia de Inverno, choveu à noite espaçadamente mas com intensidade. Daquelas que me dá gosto estar na cama e ouvir, e imaginar o cheiro a terra que se segue á chuva. Felizmente, ainda tenho disto por estas paragens. Gosto.
...Desço.
O Sol espreitava de vez em quando.
E vou recebendo a chuva mansa sem medos picuÃnhas.
Vou olhando á minha volta as pessoas, os carros, e como está um dia lindo, apesar de ser Segunda-Feira! Mas vá lá , que é dia 13, o meu da sorte.
Tinha todos os ingredientes para estar a fazer este percurso rabugento, contrariado. Passo a enumerar: é Segunda-Feira (já disse), dia de chuva (também já disse), dormi pouco mais de 4 horas (isto é costume) , acordado pela necessidade de desocupar o calor da minha cama e das minhas fantasias matinais, imposta pelas obras em casa (poderia escrever um tratado sobre isto, passado um mês e meio de pó de cimento e coisas fora do sÃtio!), e por último não menos importante abandonar essa cama a horas que me são contra-natura.
Passo no que foi e ainda é o meu infantário, á porta para uma carrinha observo a mãe e os seus pintaÃnhos a chegarem. Lembro-me de tudo: o recreio , a areia , os baloiços, os lanches, as sonecas da tarde, as educadoras...
A chuva piora um pouco, continuo a descer.
E vou captando imagens, como a do infantário, recortes. Como sempre, nunca trago a máquina, e vejo o que vou perdendo.
As folhas caÃdas dos plátanos(?) na relva molhados pela chuva, brilhando com o reflexo do Sol. Que foto excelente teria dado! É impressão minha ou o Sol de Inverno é mais forte que o Verão?
O pássaro minúsculo que na paragem do autocarro, imperturbado com o gigantismo das pessoas, debica o passeio. É insolito estar por ali!
Se as imagens valem mil palavras, este dia é daqueles que certamente deixou-me escasso em palavras. Digamos que não caberia num post. Talvez coubesse, tivesse trazido a máquina!
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dezembro 02, 2004
Leslie Feist
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Esta música está linda, simples, Ãntima. Leslie Feist. Adorei descobri-la. Passo-a vezes sem conta ao longo do dia, na minha memória. Não me canso.
Obrigado Francisco.
Lonely Lonely
Water water on the seeds
To my left they rose and leaf
To my right cross Seven Seas
Maybe maybe they'll stay true
My seeds will cross and then take root
And leave you to an empty room
Lonely lonely that is you
Lonely lonely that is you
Paper paper obsolete
How will you reach out to me
I thought you'd ask me not to leave
Lonely lonely that is me
Lonely lonely that is me
Distance makes the heart grow weak
So that the mouth can barely speak
Except to those who hide their needs
And I have read the golden seal
That tell of how the seedlings feel
Reminds my heart what love can yield
By my only things are clear
Baby boy I'm staying here
Lonely lonely that was you
Lonely and so untrue
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dezembro 01, 2004
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A semana passa tão depressa! E nem anotei aqui como me soube o Domingo passado. Teve chuva e tudo, até isso caiu bem. Teve uma noite bem dormida, como é raro na minha vida. Teve um despertar muito bom, por uma mulher ao telefone com quem falei e tive uma daquelas conversas gostosas, a principio relutante como fui, no fim era um homem aveludado. A voz mais vibrante... tudo vibrava em mim! Senti ânimo o dia todo. Pensei em Ti.
Obrigado pelo teu despertar. Creio que passaste o ano todo a tentar fazê-lo de várias maneiras.
No dia em que amar alguém, poderá ser tarde demais.
Merda... É sina.
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