janeiro 29, 2007
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Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
Falta a esta pergunta pelo menos uma palavra, a palavra-charneira, sem a qual esta pergunta fica com uma interpretação demasiado livre. Coisas de Engenheiro. E já estou a mais de meio caminho para não votar neste referendo!
Ando a ler Diário Remendado de Luiz Pacheco:
Chego a casa. Um bilhete do Dentinhos em caligrafia esquizofrénica avisa que foi ter com a Isabel que ia fazer o desmancho. É um fait-divers. Nem me consegue comover nada. Dá-me é tempo - calculo - para escrever aqui algumas linhas. Suponhamos a novela : Ele e Ela. Começaria assim: reconstituição, sujeita a emendas, pois Ela declara que "há pontos que ficaram obscuros". O nosso (deles) primeiro encontro foi muito romântico. Ela, telefonista na Trindade; Ele, locutor ou merda assim parecida na Rádio Renascença. "Mulheres não me faltavam" (Ele). A pedirem-lhe o disco tal ou tal. A engatarem onversa pelo telefone. Ela: uma colega que falava meigamente para Ele, que lhe chamava amor e outras parvoíces 1900. Até que Ela se resolve a telefonar também e marca encontro na estação do Rossio, ele de fato azul e de livro na mão. Creio que estão, a partir daqui, caracterizadas as personagens. É um folhetim, cujo episódio, hoje, é ela a sangrar um filho (feto) de três meses, desenvolvido (e que é o pai?). Quando, na cama da Pensão do Perlompompero, suada e mais que sexuada, um cheiro que me é difícil esquecer, porque entranhado nos lençóis e na minha pele, ela me ameaçava: a) a brincar, de se ir embora cá de casa no fim do mês (seria para me excitar ou procovar paga mais alta?); b) a sério, como hoje se viu, que na altura inda duvidava que ela estivesse grávida e fosse isso mais um truque para o saque, que ia desmanchar o filho, disse-lhe, nem paternalmente nem de amante, antes como camarada nu ao lado de um ser nu, "vais fazer duas asneiras: nem saias lá de casa, nem faças o desmancho", apenas lhe dava um conselho. Não tinha meios senão para metade, nem conhecia tão bem o bicho como hoje, mais de um mês depois em observação. Salvar os outros? e como? e para quê? e para onde? e com que meios? E quem me salvará a mim? ou eu ou Jeová? Deixar andar. Observar e defender-me e àquilo e a quem me é mais caro, aos que precisam imediatamente e exclusivamente de mim. Perante a mais bicharada desfrutar de um investimento de sinceridade e dádiva até aqui concedido e tratá-los, na melhor das diplomacias, na maior das friezas e cinismo. Eis ao que cheguei.
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janeiro 26, 2007
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For humans, honesty is a matter of degree. Engineers are always honest in matters of technology and human relationships. That's why it's a good idea to keep engineers away from customers, romantic interests, and other people who can't handle the truth.
- Scott Adams, The Dilbert Principle
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janeiro 20, 2007
janeiro 19, 2007
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Vasco Matos Trigo, um dos pivots do jornal da 2:, não poderia ter tido um lapso mais inclinado para a verdade:
O governo dos Estados Unidos decidiu enviar um porta-voz [perdão..] um porta-aviões para o Iraque...
Nada como exportar a verdadeira força da democracia 'dialogante' para os quatro cantos do mundo numa fortaleza flutuante!
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