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XXX-Files | |
Homem a Dias: "XXX-Files
A exemplo da carreira discográfica do sr. Represas, há diversos males que parecem durar indefinidamente. Uma das pragas recorrentes dos últimos anos é a da «conspiração» que terá assassinado Diana Spencer, ‘princesa do povo’, para alguns, mulher do povo, para inúmeros outros. Nos quiosques deste republicano paÃs, a capa da insuspeita «Nova Gente» regressou ao fascinante tema, agora com a divulgação de uma carta em que a saudosa princesinha terá alertado (quem?) para uma marosca que ‘eles’ se preparavam para lhe fazer ao carro. Não li a revista, mas no caso, ‘eles’ são com certeza a famÃlia real e o MI5, que, do alto da sua intrÃnseca maldade, sabotaram o famoso Mercedes, mediante a inclusão ao volante de um bêbado, programado para conduzir nas vielas de Paris a 200 quilómetros por hora. A revelação não surpreende. O que surpreende sempre um bocadinho, e não é por falta de hábito, é a tendência dos média para servir lixo, e a capacidade dos simples para consumi-lo. // posted by ag @ 4:32 PM Noite branca " |
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O Tio | |
![]() O titio está de volta. Por onde terá andado? A gripe anda por aÃ, já se sabe. E ninguém é de ferro... Seja bem vindo. "Salame Aleicum" |
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Mais propinas
Partamos de alguns factos: este é dos paÃses onde menos e pior se investe em educação; é um paÃs com enormes desigualdades sociais; a nossa universidade está de pantanas; já assistimos a muita demagogia sobre a "paixão da educação"; o movimento estudantil e a comunicação social criaram uma situação em que a opinião pública acha que só se luta por não haver propinas; e uma ideologia de privatização, "consumidor-pagador" e demissão do Estado entram perigosamente no senso-comum. Partamos de um princÃpio: a polÃtica deste governo para o "financiamento" do ensino superior público é péssima. Agrava a tendência de desinvestimento e aumenta exponencialmente as propinas. Para mais, fá-lo com o argumento da justiça social, o qual, na boca de quem o diz, é hipócrita: ricos e pobres vêem os seus custos com a educação aumentar, sem que haja investimento público, acção social, etc. E sabendo-se que as propinas, mesmo aumentadas nesta ordem de valores, pouco cobrem as despesas. Por tudo isto, também sou contra a lei de financiamento. Significa isso que subscreva a ideia de um ensino superior totalmente gratuito e totalmente financiado pelo Estado? Não. E não, porque tenho dúvidas sobre se isso é justo ou não. Um exemplo simples (e assumidamente simplista) : que pensar quando um aluno "pobre" (e oriundo de um meio social com baixo capital cultural) e um aluno "rico" (e oriundo de um meio social com capital cultural mais elevado) se encontram ambos na universidade gratuita? No mÃnimo, o "pobre" precisa de (muito) apoio social, para cobrir os custos que existem quer haja ou não propinas. Isto relaciona-se também com a questão do acesso. As restrições de numerus clausus, da forma como são feitas hoje, tendem a garantir o acesso à universidade aos cultural e economicamente privilegiados, os quais, depois, não vão ter que pagar nada. As propinas poderão servir - mas, repito, não estas nem desta forma - para equilibrar estas injustiças e legitimar a tendencial gratuitidade e universalidade do ensino superior. Sobretudo numa sociedade onde o nÃvel da licenciatura é cada vez mais visto como a continuação natural do ensino secundário, num paÃs que precisa de mais educação e licenciados. Não será por acaso que os alunos das pós-graduações aceitam mais tranquilamente pagar elevadas propinas, pois sabem que estão já mais do lado de um maior benefÃcio pessoal do que do lado do benefÃcio social e público de ter uma sociedade com gente educada. Não vejo condições para a gratuitidade absoluta a não ser que haja, a montante, uma real reforma fiscal, que garanta que (e também a montante) os "ricos" paguem de facto os impostos e paguem mais do que os "pobres". Então, poder-se-ia (dever-se-ia) subsidiar os "pobres" (pois os custos com a educação vão para lá da propina) e/ou fazer pagar os "ricos". Idealmente, as três condições deveriam verificar-se. É por isto que não me des-solidarizo do movimento estudantil, ao contrário do que algum maniqueÃsmo esquerdista pode pensar... Tãopouco caio na armadilha de papar a demagogia do governo. Mas também é por isto que acredito que, politicamente, a esquerda tem que pensar melhor esta questão da gratuitidade, das propinas, do financiamento. Para lá da crença no estatismo, para lá de dogmas sobre a gratuitidade, há que pensar racionalmente em como sustentar o ensino superior garantindo justiça social. O que me assusta nisto tudo e me faz ter dúvidas é que, de um lado, a ideologia de "mercado" triunfa no seio do próprio aparelho de Estado e, do outro, o Estatismo esquerdista impede o pensamento racional sobre as condições do mundo real em que vivemos. posted by miguel | 4:05 PM Continuação de um post lido em : Os tempos que correm |
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![]() When I'm lyin' in my bed at night I don't wanna grow up Nothin' ever seems to turn out right I don't wanna grow up. How do you move in a world of fog That's always changing things Makes me wish that I could be a dog When I see the price that you pay I don't wanna grown up I don't ever wanna be that way I don't wanna grow up. Seems like folks turn into things That they'd never want The only thing to live for Is today... I'm gonna put a hole in my T.V. set I don't wanna grow up Open up the medicine chest And I don't wanna grow up I don't wanna have to shout it out I don't want my hair to fall out I don't wanna be filled with doubt I don't wanna be a good boy scout I don't wanna have to learn to count I don't wanna have the biggest amount I don't wanna grow up. Well when I see my parents fight I don't wanna grow up They all go out and drinking all night And I don't wanna grow up I'd rather stay here in my room Nothin' out there but sad and gloom I don't wanna live in a big old tomb On Grand Street When I see the 5 o'clock news I don't wanna grow up Comb their hair and shine there shoes I don't wanna grow up Stay around in my old hometown I don't wanna put no money down I don't wanna get me a big old loan Work them fingers to the bone I don't wanna float a broom Fall in love and get married then boom How the hell did it get here so soon I don't wanna grow up (Tom Waits/K. Brennan) # posted by Postini : 12:37 AM 10.10.03 |
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FALÊNCIAS
Segundo o JN de hoje, encerram mais de seis empresas por dia em Portugal. De acordo com a mesma notÃcia, no primeiro semestre deste ano fecharam portas 1809, sendo que mais de metade localizadas em Lisboa e no Porto. Instado a comentar esta crescente onda de falências, o Ministro do Trabalho e Segurança Social, Bagão Félix, dizia há alguns meses que esse facto não era preocupante, porque representava o normal funcionamento do mercado. E, por conseguinte, à s empresas falidas, outras se sucederiam com capacidade para absorver os desempregados. O Ministro Bagão não vive seguramente em Portugal. E desconhece o PaÃs que governa. É, Sr. Ministro, um PaÃs pobre, sem recursos, que só não está na bancarrota porque foi admitido em boa hora na União Europeia. É um PaÃs endividado, no qual habita uma sociedade com hábitos de gente rica, que não produz praticamente nada que valha uma referência nos mercados estrangeiros. Já assim é há muito tempo, eu diria, desde sempre, apesar de antigamente ninguém prestar muita atenção ao subdesenvolvimento e à pobreza, a não serem as suas próprias vÃtimas. Por conseguinte, num PaÃs sem capacidade produtiva, que se não soube preparar convenientemente para o mercado europeu, onde não existe verdadeiro mercado, senão um mercado de consumidores, à s falências e ao desemprego não sucede nada, a não ser o desemprego e mais falências. Desenganem-se todos quantos pensem que a economia nacional vai melhorar. Estamos, ao fim de vinte anos, a pagar finalmente a factura da União Europeia, para a qual olhámos sempre como se fosse um maná do deserto. # posted by rui @ 2:57 PM Lido em: catalaxia |
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Hoje é só limpezas do Homem-a-Dias | |
A importância do Outro
Julgo que a reacção aos tais manuais do 10º ano tem sido excessiva. O regulamento do «Big Brother», por exemplo, pareceu-me um texto conciso, correcto e razoavelmente perceptÃvel. O que é muito mais do que se pode dizer de boa parte da literatura portuguesa contemporânea. E quanto ao «Testenovela», também não vi motivos para a irrisão demonstrada. Qualquer palerma sabe quem é o autor de «Aparição» ou o número de cantos d’«Os LusÃadas». Mas eu próprio, que não me considero um ignorante terminal, ignoro se, na novela «Tentação», Marco António é atraiçoado por Gracinha, Renata ou Raquel. E tenho pena. Sugerir a irrelevância de conhecimentos assim é menosprezar o contributo da antropologia clássica: se, há oitenta anos, a sra. Mead mostrou o quanto podÃamos aprender com os selvagens de Samoa, seria estúpido fingir, hoje, que os selvagens da Brandoa nada têm a ensinar-nos. // posted by ag @ 11:28 AM Lido em : homem-a-dias |
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O triunfo da vontade
Para minha sorte e descanso, acho que todos os meus amigos são fumadores - activos ou não. Talvez por isso, reconheço dificuldades relacionais com sujeitos que guardam uma distância de 300 metros ao cigarro mais próximo. São uma gente estranha, que acredita firmemente na Ãntima eternidade e que ocupa os tempos livres a escrever insultos ao Francisco José Viegas. Sempre que posso, evito-os. Sábado, não pude evitá-los. Ao jantar, foi-me servido um anti-tabagista encartado, que ainda por cima acumulava funções. Além de temperar o repasto com a malcriação habitual sobre o fumo, o angélico rapaz dizia-se igualmente «fanático do desporto» (entre a rapaziada saudável, o fanatismo é um modo de vida) e «fanático da reciclagem» (hélas). Estas maravilhas da fé iam sendo disparadas contra um alvo especÃfico, justamente a pessoa que convidara o beato e que, com elevado merecimento, sofria o suplÃcio em silêncio. Infelizmente, a partir de certa altura, Sua Santidade aumentou o volume e eu, tendo terminado a moamba de galinha, acendido o quinto cigarro do serão e inaugurado a segunda garrafa de Cartuxa, não resisti a emitir umas opiniões avulsas - evidentemente retóricas e inúteis. À saÃda do restaurante, percebi quão inúteis, enquanto Sua Santidade se dirigia para um Volvo qualquer coisa oitenta (em termos de poluição, o equivalente a uns 5700 fumadores) e os conhecidos dele se despediam: «- Até à próxima, Adolfo». Adolfo? // posted by ag @ 11:29 AM No homem-a-dias |
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As putas não sabem nadar
Ainda não vi, mas disseram-me que, ao longo de oito páginas, a «Time» desta semana descobre em Bragança a Sodoma do séc. XXI, exclusivamente heterossexual e com sotaque brasileiro. Não sei se alguma das lendárias Mães locais é correspondente europeia da revista. Sei que vou a Bragança dezenas de vezes por ano (sou de um concelho vizinho), e nunca encontrei quaisquer vestÃgios desse orgÃaco mundo subterrâneo. Se calhar, é demasiado subterrâneo para a intuição deste vosso criado, admito. De uma forma ou de outra, a ser verdade e agora que a minha consorte não nos lê, imploro à s autoridades que comecem a incluir os eixos de luxúria nos roteiros oficiais da cidade, fornecendo moradas, telefones e, se possÃvel, imagens graficamente explÃcitas das maravilhas que temos andado a perder. Caso contrário, para os incautos como eu, Bragança continuará a assemelhar-se a uma cidadezinha de provÃncia, onde se janta divinamente e, em seguida, a falta de actividades digestivas de pendor cultural faz-se sentir com acintosa frequência. Perante o artigo da «Time», o sr. governador civil pede reforços policiais; eu peço divulgação ampla, adequada e nacional. Parece-me justo, a menos que os responsáveis deste PaÃs insistam em manter a Cultura adiada, deixando que os arqueólogos desenterrem as brasileiras quando estas não passarem de fósseis e garatujas na parede. // posted by ag @ 12:02 PM Excelente :) . Post em: homem-a-dias |
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Como será em casa das pessoas importantes?
Digo, a vida normal, prosaica. Como será quando um filho suja a toalha da mesa por exemplo? O ministro, o engenheiro o doutor partem para a estalada? Numa casa portuguesa, concerteza. |
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A reacção contra o poderosÃssimo lobby americano das armas só começa, tÃmida, agora.
http://www.nrablacklist.com/ via cacheop |
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Não resisti..... | |
Dicionário? | |
Definição:
Blogging - Navegação errática, de blog em blog. O equivalente ao zapping. - Oh filho! Vem jantar! - Já vou! Tou no blogging! - Estás no quê? BLOGARITHM Uma boa ferramenta para dar as "voltinhas" |
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Quem é que esta associação representa? A empresa cervejeira com a qual inunda as festas de caloiros e afins? O Partido (é preciso dizer qual?) ? Certamente. Quem a elegeu? A apatia. |
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In catalaxia :
ENGULHOS MONÃ�RQUICOS Eu tinha a plena consciência que o que aqui escrevi a propósito de alguns monárquicos, na minha "posta" República e Monarquia, iria provocar "dissabores" blogsféricos. Não pondo em causa o «ideal monárquico» que, exceptuando o entendimento de que a Chefia de Estado deve ser determinada pelas regras da sucessão dinástica, julgo não conter qualquer outro preceito, referi a circunstância, para mim evidente, de alguns cabotinos que conheci ao longo da vida se reclamarem, com pompa e circunstância, enfáticos defensores desse ideal. Isto, em si mesmo, não é um critério distintivo de coisa alguma, ao contrário do que afirma O Sexo dos Anjos. É, quando muito, a constatação de que um certo folclore monárquico, feito de princÃpes e princesas, de "Olás" e olés, atrai inúmeros patetas que apelam aos pergaminhos do passado para comporem o curriculum do presente. Quanto à monarquia, e sobre a controversa questão da natureza da Chefia de um Estado, num modelo parlamentar, que é o que defendo, ela é quase irrelevante, já que, opte-se por um ou outro modelo, os poderes constituicionais que lhe são atribuÃdos só podem ser insignificantes e meramente protocolares. Porém, como liberal, acho nefasto e um mau exemplo, que alguém nasça com direitos adquiridos no orçamento e no aparelho de Estado. Como me parece, igualmente, que esses privilégios são um péssimo exemplo social, sobretudo quando se defende a concorrência como meio de criatividade e de selecção, tendo em vista uma sociedade aberta e livre. O que é facto, para quem conheça um pouco o que foi a evolução das monarquias europeias, é que a afirmação das monarquias constitucionais gerou uma nobreza de corte que vive do facto de o ser, sem qualquer merecimento que o justifique. E que constitui, a meu ver, um factor de estagnação das elites sociais (termo que não aprecio, mas que é próprio para o efeito). Daqui resultou, com a evolução dos tempos e dos costumes, uma aristocracia de "capa de revista" que se esgota em questões fúteis e desagradáveis, impróprias, aliás, de qualquer publicitação, como, por exemplo, as abomináveis relações (e ralações) do princÃpe Carlos e da princesa Diana, os seus amores e traições, em suma, as suas vidas venturosas. Ou da famÃlia real do Mónaco. Da casa real da Suécia, etc.. E de uma parasitagem que pulula em torno de tudo isto. Que haja quem se pele por isto e que esteja disposto a pagar para ler (e aparecer) sobre a vida desta gente, é lá com eles. Que, à conta desta rudimentar indústria de princÃpes, princesas, condes e viscondes, haja quem mate por um tÃtulo, meta cunhas ao Conselho de Nobreza para figurar nos anais, fabrique anéis de famÃlia e compre árvores geneológicas como quem manda semear um pinhal em Cinfães de Baixo, também não me escandaliza. É um sinal dos tempos e quem quiser consumir, consuma. Infelizmente, nisto se esgota ou tem esgotado, o ideal monárquico. Que, por paradoxo, num Estado democrático, é um ideal que não pode ir para além disto mesmo: ou será que devemos discutir, numa sociedade democrática, poderes e competências polÃticas e executivas para um Chefe de Estado não eleito? Não creio que isso seja admissÃvel. E, francamente, também não me apetece regressar a 1822. # posted by rui @ 1:27 PM |
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![]() Chuvas, ventos porque já fostes? Ficai. Justificai a solidão, o recolhimento. ![]() ![]() |
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Frase do dia | |
"Quando alguém se sente só é porque não faz companhia a ninguém."
![]() in tasca da cultura |
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O que há em mim é sobretudo cansaço | |
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A subtileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém. Essas coisas todas - Essas e o que faz falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossÃvel, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possÃvel, Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremÃssimo cansaço.Ã�ssimo, Ãssimo. Ãssimo, Cansaço... Ã�lvaro de Campos in papoila |
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"Dia de chuva intensa em Lisboa. Um trabalhador da Câmara, devidamente equipado de pá e vassoura, vai limpando o lixo acumulado, tentando escoar a água que inunda a rua. Subitamente, é interrompido na sua tarefa, vendo-se abordado por uma jornalista (da SIC), que lhe pergunta: "porque é que todos os anos há inundações?". Sem acreditar no que lhe está acontecer, ofuscado pelas luzes dos holofotes, o bom do trabalhador não se atrapalha.
Sorridente, enfrenta a câmara (a de filmar, claro) e opina : "Sei lá! Pergunte ao Tejo! A água sobe, não tem para onde ir, fica tudo alagado". A reportagem acabou aqui. Suponho que não foi obtida informação mais esclarecedora por parte do Tejo. " in Hipatia |
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"Um blog trata-se como um vulcão do princepezinho. Com um mini-limpa chaminés e com cuidado para não entrar em erupção. Rega-se, limpa-se e fazem-se caminhos à volta.
" in eternuridade |
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"Todos os domingos, sem que sentisse estar a atraiçoar-me, sem que me violentasse, a minha vida começava no Rossio, perto da estação de comboios. Depois, seguiam-se por esta ordem: Praça da Figueira, Rua Augusta, Terreiro do Paço, Cais das Colunas. Duas a três horas. Uma distância curta, percorrida lentamente, muito lentamente. Gente que passava. Vidas. Destroços de vidas. Alguns vultos. Claro, nada acontecia porque nada era suposto acontecer. Às vezes, nada nos acontece e temos de aprender a viver com esse vazio, sem que isso nos dê angústia ou acédia. Mover-nos todos os dias. Trabalhar. Sentir a passagem do tempo. Suster a inércia. Não esperar demasiado. Conseguir adormecer."
in flor de obsessão |
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É impressão minha ou as ofertas comerciais estão cada vez mais sovinas??? É possÃvel bloquear janelas de publicidade? |
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THERE'S NO BUSINESS LIKE SHOW BUSINESS: | |
"Passeio na Baixa. Uma rapariga (julgo eu) faz malabarismos com três bolas. O seu sócio aproxima-se, boné estendido. "Não quer dar nada para os artistas?", pergunta o jovem. "Claro que quero!", digo eu. "Onde é que eles estão?" Ele vai-se embora a praguejar em estrangeiro. ZDQ"
in Gato |
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