agosto 31, 2004
|
|
�s vezes, muitas vezes, damos por nós a levar os dias imersos nos nossos pseudo-dramas, nas nossas dificuldades sejam quais forem, sem esperar que dos outros possa vir algo que nos evada disso tudo.
E ás vezes, vem.
Obrigado por teres ligado. Gostei muito.
|
|
agosto 30, 2004
|
|
-Mãe?
-Sim?
-Quem é que traz os bébés?
-São as cegonhas , filho.
-E quem os leva?
-São os barcos..
In Laranja Amarga:
Em mais de 2 anos de serviço na Marinha, Zé Freitas, 22 anos, pela primeira vez em missão, telefona à mãe, que o atende chorosa, preocupada com as cenas de corpos de crianças iraquianas mutiladas que vê no Telejornal todos os dias.
-Filho?
-Sim mãe.
-Filho?! Onde andas meu anjo? Meu tesouro!
-Estou em missão mãe.
-Mas onde meu filho? Onde? Ai que eu morro!!
-Aqui ao pé da Figueira mãe.
-Mas isso não é perigoso meu filho, meu tesouro?
-Um bocado mãe... um bocado. Matam criancinhas e tudo.
-Oh meu filho querido meu amor... cuidado... tem cuidado por favor... que a mãe quer-te de volta são e salvo... ai que a mãe não aguenta.
-Sim mãe. Está descansada. Se nos apontarem alguma caixa de pÃlulas abortivas "afundamoze-os" (sic) imediatamente!
-Sim filho... cuidado com essa gente do demo... essas holandesas de Caifaz!
-Sim mãezinha está descansada... prometi ao ministro ir virgem para o casamento e vou... uma jura é uma jura mamã.
-Ai meu menino tão lindo... riqueza...
-Tenho de ir mamã... o alarme está a tocar... deve ser o Louçã e a Odete... adeus... PREPAREM OS TORPEDOS!!!
|
|
|
|
Fica V. Exª notificado(a) de que não há lugar ao pagamento ou reeembolso da importância apurada na liquidação de IRS relativa ao ano a que respeitam os rendimentos, por ser inferior ao limite mÃnimo previsto no art. 95º do CIRS.
E já está! Com este bilhetinho das Finanças, tenho automaticamente o tÃtulo de
Engenheiro. Porquê? Através do meu fantástico sistema de associações mentais chego a esta conclusão: em Portugal, aqueles que estão acima da média da pobreza reinante deste cantinho, são precisamente aqueles que mais fugas ao fisco fazem, declarando todos os anos, rendimentos de miséria, sem que ninguém lhes passe a mão pelo pêlo. Entre eles, engenheiros, certamente.
Por A + B , eu, 'moi je', sou Engenheiro! Formado pela DGCI, ao abrigo do CIRS.
|
|
R.I.P.
|
|
|
O coração quase parou quando vi a tasqs off, o blog enlutado.
Que é que tens, gaja? Fala! Respira! Foi cerveja a mais?
E agora como vou rir ás gargalhadas em frente a este monitor?
Puta da gaja, haviam de lhe ter oferecido um Maseratti!
|
|
agosto 28, 2004
|
|
|
Like spinning plates
Radiohead
(sob escuta)
Li que o Tom York, para fazer esta música pegou numa linha de guitarra de outra música e tocou-a ao contrário. E este tempo todo imginava que era um instrumento. Na percebo nada de música!
|
|
agosto 27, 2004
|
|
A minha mãe e a minha irmã, andaram como de costume discutindo. Da última questão ficaram aà uma semana sem se falar. Pensei eu que seria o resto do Verão nisto. Mas não foi. Noutros tempos eu ficaria muito mais mudo e calado.As pessoas não são como eu, recuperam, renovam-se , avançam. Sabem pôr as coisas para trás e seguir.
Como o Deus Grego que em pouco mais de um ano, tornou-se mestre naquilo que faz e agora pode cobrar virtualmente o que lhe apetecer.Os planos dele não se ficam por aqui. Ele tem outros. São sonhos. Mas ele concretiza-os.
Sinto que tudo á minha volta se prepara para o futuro, para a velhice.
Contra a solidão.
|
|
|
|
Vi as notÃcas da hora do almoço. Mostraram uma peça de mais um desfecho nos estados unidos. Três marines foram a casa dos pais de um soldado americano no Iraque. Foram comunicar a morte do filho em combate.
O pai, bastante abalado com a noticia, não faz mais nada: atiça fogo á viatura oficial que trouxe os marines, com gasolina.
A violência é justificada? �s vezes sim...
E já agora matava-se os mensageiros!
|
|
agosto 26, 2004
|
|
|
Primeiro, veio o aniversário dos 20 anos , depois veio o Outono e agora vem o Verão.
Ouvi cada uma delas como há uns anos ouvia as sessões na TSF. E quando estou em modo replay na minha vida,escolho uma das sessões e repito , e repito...
A �ntima Fracção continua viva, e mostra que o fim reveste-se de várias formas, entre elas, o recomeço.
Aqui.
Aqui.
..e Aqui. Sempre.
Obrigado Franscisco.
|
|
agosto 24, 2004
|
|
And so you're gone...E quase tudo tinha o gosto de uma última vez. Ou isso, ou contagiado pelo fatalismo que imprimes ás coisas!
Obrigado pelos dias que tivemos. Pelo tempo que arranjaste para mim. Vou ao teu blog frequentemente rever aquela foto e aquele dia.
Revejo a noite de Sábado, em casa do Marciano, e como nós rÃamos com tudo.
Hoje no autocarro, pensava no fim de semana e tinha uma "banda sonora" (tenho sempre uma 'cassete' a passar durante o dia). A cassete áquela hora deu para Meatloaf (Rolo de Carne, em bom português!) "I would do anything for love".
Foleiro, 'tá bem! Mas cantaria com a minha voz sensÃvel para troçar dos apaixonados, e aà tinha a sua piada.
And some days I pray for Silence,
And some days I pray for Soul,
Some days I just pray to the God of Sex and Drums and Rock 'N' Roll. (LOL)
Anything for love,
But I wont do that!
|
|
agosto 23, 2004
|
|
|
Andava há que tempos procurando uma definição para aquela série Sexo e a Cidade. O Arquitecto tratou disso brilhantemente:
"
Tudo bem, eu admito! Eu não consigo compreender O Sexo E A Cidade (Sex And The City). Não percebo se é um character study ou um Melrose Place para as leitoras da Cosmopolitan. Acho assustador que muitas mulheres se identifiquem com estes protótipos pós-modernos super-atraentes e muito dois em um, que se encontram constantemente para um get-together na esplanada bebendo coffee com muito gossip à mistura.
A maioria das séries de televisão padecem do sÃndrome Beverly Hills 90210. Apresentam uma visão do mundo insuportavelmente sanitizada, o mundo em versão clean, personagens muito lindas sem rugas nem sinais, os carros acabados de sair da lavagem. Naquele planeta das séries de televisão não existe o transeunte mal-cheiroso do supermercado nem a porcaria de cão no passeio. Eis um mundo inteiro acabado de sair do cabeleireiro e a cheirar a água de colónia. Alguém gostava que a vida fosse mesmo assim?
O mau n’O Sexo E A Cidade é haver mulheres que se revêem naquelas figurinhas de porcelana com as suas carreiras fabulosas e roupas de marca a viver o caleidoscópio do ver e ser visto da executive class nova-iorquina. Será que as mulheres revêm neste purgatório neurótico que faz os dias de Carrie-Samantha-Charlotte-Miranda alguma coisa que tenha remotamente a ver com as suas vidas. Que ideais perseguem estas mulheres? Que formas de amar são estas sempre subjugadas à ordem social e ao status-quo? Será que a vida se resume àqueles probleminhas, os dilemas existenciais das amigas e a queca semanal de Samantha? Haverá mais profundidade nos monólogos de Carrie do que nos voice-off do Macgyver?
E depois, claro, há os gajos? Ah, os gajos d’O Sexo E A Cidade, esses palermas! O Mr. Big e a colecção de cromos estereotipados de homem que por ali passam: o advogado, o arquitecto, o magnata da comunicação social, o actor, o cirurgião. N’O Sexo E A Cidade a profissão dos homens não é um aspecto secundário da sua personalidade, de facto, é toda a sua essência.
O mais extraordinário no modo de estar na vida destas mulheres é, para além do egocentrismo com que encaram a sua satisfação e objectivos pessoais, o modo como formam as suas relações com os homens como um contrato cheio de obrigações a cumprir, descartando-os quando ficam aquém das expectativas - o que acontece quase sempre. As mulheres dirão: ah, mas os homens fazem exactamente o mesmo! E o pior é que estão mesmo convencidas disso. Mas a série, que pretende ser um retrato contemporâneo da mulher liberada que vive os seus desejos (sexuais) sem inibições nem sentimentos de culpa, nunca faz o salto para dentro das suas psicologias femininas para encontrar os reais motivos das suas insatisfações. Enfim, nunca mergulha nas sombras de realidade que estão por detrás daquela Nova Iorque fashionable e multi-colorida. Nunca passa para o outro lado do espelho da lente televisiva e da sÃndrome Beverly Hills 90210 de que padece profundamente.
"
|
|
|
|
Muito interessada anda a minha irmã nas touradas da TV. E sempre que pode , fala dos amigos ou conhecidos toureiros que tem nas longÃnquas e académicas beiras.
Ai... se eu fosse toureiro!
Resmas, paletes ....
(Este blog(uista) abomina toda a espécie de touradas, que faça por esse mundo fora.)
|
|
agosto 19, 2004
|
|
A adopção? É muito próxima á gestão de uma mercadoria. Aquela que duas pessoas, um dia não souberam precaver, planear. A mercadoria que se dá em troca? Amor, talvez. E sonhos pessoais frustrados por qualquer barreira.
Porquê que os processos demoram tanto em Portugal? Bem, com esta papelada que tenho aqui, quase se obtém a resposta directa.Nem é muita, do ponto de vista de um utente, mas os trâmites que se lhes seguem, pesam. Acho que o sistema de tão cauteloso nos passos que dá, acaba ele próprio sendo um entrave á iniciação de vidas melhores. E é o que temos visto recorrentemente na televisão e afins: que há pessoas dispostas a adoptar e com a máxima urgência, todos sabemos. E estamos fartos.
Como se diria num daqueles filmes de mafiosos:
"In order to cut prices,cut the middleman!"
Ou uma série.
|
|
|
|
Portugueses, homens dos sete ofÃcios.
Estes jogos olÃmpicos para as seleções portuguesas começaram com muita esperança , mas resultados nem vê-los. Talvez um reflexo dos fracos apoios ao desporto de alta competição. Talvez. Já que se gasta dinheiro em coisas inúteis, mais uma não fazia diferença, e sempre brilhávamos lá fora.
É o caso da natação, cujas competições a minha mãe tem assitido ferrenhamente. Em tempos idos, era mais um dos campos de batalha dos blocos politicos, em que os jogos se transformavam. Hoje, oito da manhã, ouvi em directo mais uma derrota portuguesa na rádio. O comentador , esbaforido, ainda disse que ficámos em 4º lugar. Não não, afinal foi em 5º, corrigiu logo a seguir. Mais á frente no decorrer do noticiário, ao falarem do atleta, descrevem-no: bancário de profissão, logo não tem o tempo todo para dedicar á competição. O 5º lugar é, por isso, satisfatório.
Venho a sber que o rapaz trabalha na Direcção de Marketing e Novos Canais, do meu banco.
Talvez quando houver os olÃmpicos amadores, poderemos então chegar ao tão desejado primeiro lugar: medalha de latão.
|
|
agosto 18, 2004
|
|
Um homem de meia idade, para outro que se afastava, no café:
"Deixa, estar amanhã vai ser melhor, Deus quer para os seus filhos , o mesmo que nós queremos para os nossos."
Isto, em som suficiente para as mesas em volta deitarem olhares. Profético, o homem. Então é por isso que o bar se chama Oásis. Apanhamos destas coisas de vez em quando, estas sabedorias. E outras. O que ele disse fez todo o sentido, nem fazia ideia que era aquilo que precisava de ouvir ao fim deste dia.
E eu, que estava aqui enfiado na minha cave, há cinco horas, desmotivado com a ideia de ir tomar café sozinho.
Mas os profetas, não são transparentes e este estava mesmo á minha frente , impedindo-me de ver o jogo de futebol "olÃmpico"!
Às vezes tenho a sensação que sou invisÃvel para as pessoas, e isso irrita-me. Irrita-me que não me vejam. Que não me considerem.
"Estou aqui, f #$%&#% -se!"
|
|
agosto 14, 2004
|
|
Fui, anteontem, com o Deus Grego á procura das Mulheres Perfeitas. Claro que não encontrámos. E pagámos quase 5 Euros. As Mulheres Perfeitas são muitooooooo mais caras.
Gostei mais deste poster. O filme é de 1975.
|
|
motores. De busca
|
|
Se procurarem no Google (que é simplesmente o melhor motor de busca de todos os tempos) o seguinte termo: sa , irão ter como primeiro resultado isto.
...E tem um twelve steps e tudo!
No ponto 6, lê-se:
Were entirely ready to have God remove all these defects of character.
Se isto não tivesse o alto patrocÃnio de Deus, seria uma surpresa.
Vão por mim, ás vezes o melhor é fazer perguntas ao Google, sóbrio. Porque senão, acabamos tendo respostas destas.
|
|
agosto 13, 2004
Friday 13th
|
|
Technical Information (for support personnel)
Error Type:
Microsoft JScript runtime (0x800A1391)
'ADID' is undefined
/xxx/xxx/xxx.asp, line 13
...Ou não fosse Sexta-Feira 13, e o erro em questão não tenha sido gerado por moi je.
Mas a sorte não liga estas coisas terrestres, próprias de seres pequenos. E aparece mesmo no dia 13.
Frase do dia:
"Para encontrar alguém, basta procurar a melhor agulha do palheiro. Não é por falta de agulhas. (gargalhadas)"
Deus Grego.
|
|
agosto 10, 2004
|
|
Estava esta tarde no café. Senti o Teu perfume. Sim o Teu. Olhei em redor , olhei, olhei. Foi mais um flash de Ti. Nasal.
|
|
|
|
Hoje 'descobri' que as viagens e as funerárias têm duas coisas em comum. São agências. E são de viagens.
|
|
agosto 09, 2004
|
|
Não fumo, não bebo (não metodicamente) , e não "curti" a adolescência. Ainda me pergunto porque não tenho um pretexto para parar o trabalho, sair da cave, e ir lá fora.
|
|
agosto 05, 2004
|
|
Cinco da tarde.
Café e as conversas com o Deus grego.
Ao fundo, na televisão, o relógio da SIC NotÃcias a marcar o arranque do serviço noticioso. A abrir, um auto-carro da TST, a não querer fugir á regra do "paÃs em chamas" e a auto-inflamar-se. Imagens do pneu queimado (têm sempre a mania de mostrar o pneu queimado nestas reportagens, toda a gente sabe que borracha queima) e da carroçaria. Mas não vivemos só num paÃs queimado, vivemos num paÃs de testemunhas.
Sempre solÃcitas, sempre presentes, sempre desempregadas, ou desocupadas e subitamente elevadas á categoria de testemunha como dizia no banner da reportagem. A de hoje, chama-se Manuel Antunes, e lá prestou as suas declarações, que deverão ter sido algo surpreendente, a complementar as imagens já de si bastante ilustrativas do que se havia passado, como: "O autocarro começou a arder de repente..." etc etc.
A falta que fariam uns Maneis Antunes lá em baixo nas serras algarvias. Eles nunca estão onde é preciso. Para serem testemunhas, ou servirem de bodes expiatórios ás desolações em massa provocadas pelas perdas dos incêndios.
|
|
|
|
|