maio 30, 2005
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O referendo em França resultou nuns inequívocos 55% contra uns tímidos 45%.
Resta ver se o efeito se repete nos países que vão ter referendo. Ou será que os governos 'democráticos' de um chamado mundo 'livre' (de quê?) vão desde logo tomar as providências para que os referendos nem se realizem, pois já sabem a resposta embaraçosa que os 'seus' eleitores vão dar?
Não venham com a conversa do por nós ou contra nós. O chimpanzé americano também o faz, e fê-lo antes de invadir o Iraque apoiado pelo servil governo espanhol de Aznar. Foi o que se viu, foi o que se seguiu.
Na campanha do Sim francês, havia um slogan do tipo:
"Sim, pela Europa social"
Espanta-me que tenham vendido este chavão a um eleitorado , que afinal de contas mostrou-se bastante determinado na sua intenção de voto. O desespero leva a tanta coisa, mas não consegue esconder o óbvio.
Vemo-los instalar um modelo institucional europeu completamente fechado, pesadíssimo , não se sabe nada do que por lá se passa, a não ser quando já aconteceu. Recusemos esta americanização , esta sobre-regulamentação, que no fundo não é mais que um ditame das corporações europeias e americanas.
A Europa social nunca existiu. Meta-se isto na cabeça de uma vez por todas. Desde o minuto ZERO.
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maio 28, 2005
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E que o país está uma desgraça, e que vai tudo aumentar, e é o défice, é o défice !
No meio da histeria e dos tempos de antena já gastos com este assunto, sempre se apanha uma intervenção que vale bem a pena, e que durante um programa de uma hora disse tudo o que numa semana e nos próximos meses se tem dito e se vai concluir. Henrique Medina Carreira, fiscalista e ex-ministro das Finanças, veio ao Negócios da Semana comentar as medidas anunciadas pelo Governo face á divulgação do valor do défice. E fê-lo sem trincheiras ou vassalagens a quem quer que fosse. uma espécie de oráculo, que veio falar do que sabe, e do que não sabe, cala-se. Lapsus linguae et lapsus memoria já está o país bem farto. Ao contrário de muitos comentadores desbocados que por aí vemos, que apelido de 'generalistas'.
A franqueza , a solidez dos argumentos baseada no conhecimento dos números, dos factos, e a lucidez pautaram a intervenção levam-me a transcrever algumas passagens:
"Sabe que nós para além da condicionante dos problemas temos outra condicionante muito grave: é que não temos 10 / 15 anos para resolver estes problemas, temos 5 anos para resolver... Se estas questões que agora ocupam muito a nossa sociedade, não estiverem resolvidos dentro de meia dúzia, o Estado Português , dentro de 10 anos entra num colapso finanaceiro. Isto que se está a passar não é sustentável"
"O IVA, estou interamente de acordo, aliás, pronunciei-me publicamente sobre disso, dos 19 para os 21, se de facto se quer reduzir alguma coisa ao défice , tem de ser com um imposto que renda e que tenha resultados respostas rápidas, éo caso do IVA... Tem a vantagem de ser muito rendoso e muito rápido"
"As medidas são poucas , são insuficientes e não vão ser a solução das nossas necessidades"
"- Em relação ao anúncio das medidas e ao que pode ferir de interesses na sociedade portuguesa , foi dito que a classe média era mais uma vez prejudicada, fica com essa impressão?
- Bem, eu pergunto se é preciso obter recursos, a que classe é que se vai buscar em volume mais? Porque a classe média é a maior classe, a classe alta é pequena. .....Não se pense que há algum problema desta natureza ou alguma crise como esta que atravessamos que vá ser resolvida ou pelos muito ricos ou pelos muito pobres...
- No entanto o discurso politico foi que os cortes tocavam a toda a gente e que os proprios grupos econcomicos iriam ser tocados... Isso terá algum efeito?
- Mais e melhor do que isso é aquilo de que não se fala: é resolver um pouco a tributação das empresas, é regressar ao sistema de 88 / 87 , por grupos, dependendo da dimensão e da natureza empresa, e andamos a fugir a isto. ... Pequenas empresas: Fixar de forma fácil aquilo que cada deve pagar... As grandes: sob fiscalização... As médias : um sistema mais flexível. "
Levantamento de sigilo fiscal: "Se o meu amigo pagar menos do que deve, provavelmente eu vou pagar mais que aquilo que devo, portanto eu tenho legitimidade para saber o que é que todos pagam , e todos têm legitimidade para saber o que eu pago."
"Repare, o que potencia mais a fuga ao fisco é vivermos numa sociedade onde ninguém acredita no Estado, nem no futuro. Isso é que estimula a fuga. Nós temos de ser uma sociedade rigorosa, disciplinada, responsável para haver confiança. Se nós passarmos o tempo na conversa da classe politica e da classe da comunicação social, este país nunca terá confiança em nada.... Há uns que produzem ideias que não servem para nada a maior parte das vezes sem fundamento , e os outros coitados , têm que vender a mercadoria que existe que é esse lixo"
"...Estou de acordo que a Caixa Geral de Aposentações se integre na Segurança Social, estou de acordo que os gestores ganhem menos, estou de acordo que se acabe, aliás há muito anos, com esta imoralidade do sistema da reforma especial para os políticos, sobretudo porque a maior parte deles não faz nada que preste."
"Sabe que o grande problema não só de Portugal mas também da Europa, é que nós temos um modelo de vida que não é compatível com o Novo Mundo, quer dizer, nós em mercado aberto e com salários com vida sindical, felizmente com direitos , nós não podemos competir com países que são Europa do século XIX , como a China ou a Índia."
Proteção Social : "- Nós não temos riqueza para sustentar o Estado que temos, e portanto a opção é esta : ou continuamos desregradamente a deixar... Sabe que em proteção social, ao contrário do que as pessoas pensam e dizem, foi o país da Europa em que a proteção social cresceu mais em termos financeiros nos últmos 10 anos.
- Há muita gente a viver á conta do Estado..?
- ... O Estado não tem dinheiro para tanta gente, ou para manter tanta gente , toda a gente tem que receber menos."
" Nós temos de ter uma outra politica de gastos com o pessoal e uma outra politica de gastos sociais. ... "
"Ouça, oh Gomes Ferreira, o que é preciso nós percebermos é que daqui a 5 ou 10 anos se continuarmos assim não temos solução...... Não tenha ilusões sobre isso!
O Dr. Prof. João Ferreira do Amaral, porque é insuspeito, porque é de esquerda porque é anti-neo-liberal, ele há dias publicou um estudo na revista dos economistas, ele dizia : O Estado português não só não é possível que entre na bancarrota , como é provável !
- E essa é também a sua opinião? - Concerteza! Eu só não a digo porque as pessoas não acreditam, porque eu sou um pessimista, o meu pessimismo resulta de não sermos governados capazmente!"
"- Mas em bom rigor, acha que estamos a caminho da bancarrota?
- ...Nós não estamos naquele tempo em podíamos fazer dinheiro, eu quando estive no Governo, a gente mandava fazer dinheiro agora não se faz dinheiro... e portanto se não houver dinheiro não se paga , e é preciso que os portugueses percebam isto, nós não somos o Portugal do Dr. Marcelo e do Dr. Caetano !
- Então o que é percepcionado pela opinião pública como um aperto do cinto , mais um anunciado pelo Eng. José Sócrates , não chega, é preciso mais ainda, em linguagem clara !?
- Ele dirigiu-se ás receitas, como lhe digo as receitas não vão responder ilimitadamente, nós estamos a 90% da média europeia , já estamos muito altos em matéria de nível de fiscalidade portanto ela está a caminhar para o seu limite, e portanto nós temos de agir sobre as despesas!
....Agir sobre as despesas aí é que entram as ideologias. Agora , têm é que ser ideologias que façam CONTAS, não podem os partidos de esquerda, em nome de serem de esquerda, terem horror aos números e insultarem os que fazem contas como é habitual na comunicação social. Não, façam, contas , e depois venham a público defender os seus pontos de vista. Aí depois há neo-liberais e há comunistas"
" ....Sabendo que 82% do orçamento do Ministério da Educação é para despesas com pessoal. É um problema de pessoal .... Numa empresa onde não há trabalho, as pessoas são dispensadas , porque é que no Estado , as pessoas que não têm nada que fazer hão-de lá estar ??? "
"Mas se a gente ainda não percebeu o essencial , se ainda andamos a pensar que o défice é que é o problema , o défice é a temperatura do corpo. Agora, o vírus ou o micróbio é que nós temos perceber, o défice é uma febre !"
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maio 27, 2005
> em branco <
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Fui ver o filme do Emir Kosturica, "A Vida é Um Milagre". Já sabia ao que ia, claro: muitos tiros , muita gargalhada, muita confusão e a sempre omnipresente fanfarra a tocar em 60% das cenas do filme ! Mesmo á Kosturica . Mas ele na altura certa doseia a cenas 'sérias', tocando-nos. Afinal de contas , as histórias que os filmes dele contam, por mais divertidas que sejam, passam-se nos cenários geográficos mais improváveis de um sorriso.
Para mim as memórias têm cores (as que sei distinguir) , sons, cheiros, instantes de sorrisos, coisas boas, outras ... Passei a pior noite da minha vida, não que isso seja raro em mim.
Por outro lado, o esquecimento tem a côr branca. Para um daltónico das cores e dos afectos, não se pode exigir muita elaboração na representação do esquecimento!
O esquecimento metódico, é também ele, um processo de recordação.
O último.
Os métodos aplicam-se no passado. Nos arquivos.
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Batalhas Horizontais
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A Brava questão entre os abortos que abortam e os "Tios" com dores de feto
Tenho que confessá-lo: Também não acho justo que as meninas esperançosas, fiéis depositárias do másculo sémen, vão despejar os projectos embrionários na retrete. Ainda para mais quando o paÃs, em regressão demográfica, anda deficitário de novas gentes. Compreendo, pois, a indignação de muito boa gente. Gente de coração filantrópico que se condói facilmente com a desdita dos fracos e indefesos. Madres Teresas e Frei Teresos, sempre prontos a acudir aos coitadinhos, Deus GrandessÃssimo os proteja. Não senhor, não é forma nem jeito de tratar os espermatozóides de cada um. É mesmo caso para tribunal. Eu, por mim, nem hesitaria: “meritÃssimo juÃz, protesto! O útero é dessa senhora, mas os espermatozóides eram meus!â€� Não julguem que brinco. O assunto é sério. É a caça em regime livre ao embrião, é a foda inconsequente ao desbarato. Espermatozóides das melhores qualidades e proveniências vêem-se assim em risco de acabar triste e miseravelmente os seus dias. Quando ainda mal germinam, e mal se entregam ao milagre da multiplicação celular, eis que já os enviam em viagens peregrinas, sem garrafa nem oxigénio (nem um mero tubito para mergulho em apneia sequer) pelo esgoto imundo abaixo. Uma espermatodisseia execrável, garanto-vos! Infame, do piorio. Se hão-de lançá-los no mundo, neste vale de portentos e prodÃgios, neste paraÃso à beira céu plantado, neste mar de rosas (e laranjas) – como, aliás, lhes competia e a Natureza, desde os primórdios, lhes destinou –, as megeras, messalinas, ogras malvadas vão lançá-los -aos futuros licenciados, coitaditos-, na retrete. Na latrina, senhores! Quantos génios não nos arriscamos a perder assim? Quantos iluminados, prémios nobel e economistas liberais? Um ror deles certamente. É um luxo e um desperdÃcio a que este paÃs não se pode dar. Lá fora sim, é justo, há uma superlotação que urge combater, uma proliferação alarmante a que urge pôr cobro. Por mim, as holandesas, as inglesas, as americanas - e já agora também as espanholas - podiam abortar todas que não se perdia nada. Direi mais: Era um passo de gigante para a humanidade, uma grande ajuda para todos nós. Mas cá, chiça!...Haja tino. Por conseguinte, valentes filantropos, almas cristãs de piquete por toda a paróquia, porfiai, fortificai muros e barricadas! Velai, meus amigos, paladinos, baluartes dessa nobre e justa causa! Obstai com todas as forças ao desmancho ignóbil, desnaturado, ao despejo abominável! Mas, de caminho, aproveitando a embalagem, a campanha entusiasta, não esgoteis toda a vossa energia benfazeja nessa nobre missão. Dedicai também um pouco, uma migalha que seja, do vosso generoso ardor, uma parcela ainda que minúscula das vossas prebendas e mordomias, a fazer com que o mundo se distinga, um pouco que seja, duma retrete. Era de todo conveniente. Porque se o mundo e a retrete cada vez menos se distinguem, como não hão-de andar confusas as mães já de fraca vocação, percebendo cada vez menos a diferença entre lançar nela os fetos de três ou de nove meses? Até vos dirão, manhosas e sibilantes: “lançá-los na retrete ou no mundo, que diferença faz?â€� E deixem que vos pergunte, eu que vos conheço bem, que vos tenho observado na intimidade, aqui entre nós, agora a sério, realmente, à parte esse folclore para entreter o papalvo, que diferença vos faz que elas despejem ali ou acoli? Vós, que, vaidosamente, vos estais marimbando para os velhos e crianças todos deste mundo (excepto as devidamente apelidadas), para o passado e futuro do paÃs (excepto o que se prende com o vosso umbigo), vós, imagine-se, preocupais-vos, todavia, com os fetos. Os comunas são maus, mas os fetos dos comunas são óptimos; os comunas são bichos sórdidos e anormais que deviam ser esterilizados mas os fetos dos comunas são pessoas com todos os direitos. Quem não é “bemâ€� não presta; mas os fetos, coitadinhos, são excelentes. Vós que vos cagais, de bem alto, nos outros e nos filhos dos outros, abris, no entanto, uma sagrada excepção em se tratando dos fetos dos outros. Que beneméritos! Matar pessoas, deixá-las morrer como calha, onde calha, a tiro, à bomba, a veneno, a eito, em nome do mercado, da prebenda, da mordomia, da seita, é justo, inspiração divina, está perfeito. Agora os fetos é que não, é um massacre, chacina dos inocentes, genocÃdio!...Em suma, a retrete é prorrogativa vossa, privilégio inalienável? Só vós é que podeis mandar os filhos dos outros lá para dentro? Os respectivos pais e mães não podem?... Soa a putas de estrada a quererem lapidar Madalenas!... Eu acho que uma cabra que já nem instinto maternal tem é um aborto da Natureza (não me espanta, pois, que aborte). E que vocês, regra geral, sob esse manto santarrão, sois umas boas hienas. Quanto à pragmática utilitarista de uns e à moralzinha rançosa dos outros, pois podem muito bem todos enfiá-las, em sincronia, no cu. É o local apropriado e, ao menos, é garantido que não engravidarão. Poupar-se-ão assim, seguramente, a riscos, trabalhos e polémicas.
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maio 25, 2005
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"O grande mal, seria se os ricos pudessem comprar a vida eterna, essa sim, seria a grande injustiça. Eles não valem Nada."
Dr. Fernando Nobre
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maio 21, 2005
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...só a vida , esse domínio que nos obriga a fazer direitos caminhos que pela sua origem, são irremediavelmente sinuosos.
Bom Fim de Semana.
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maio 18, 2005
Eterno feminino
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Aos gajos que me lêem, certamente conseguem relacionar o tÃtulo deste post com a frase seguinte e , talvez com as suas próprias experiências de vida. Conversa de gajos, entenda-se, fala-se por meias palavras.
"É que eu estou cansada de tanta mentira"
Minha mãe , a propósito das mentiras. Essas, de outra gaja. Ironias.
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maio 17, 2005
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Faz tempo (não tanto assim) , entre os apertos do trânsito desta cidade, que ouvi uma revista literária Antena2 do último livro de GGM. O parágrafo ficou ressoando esse tempo todo. Hoje, encontro-o aqui, repito-o aqui:
"A casa renascia das suas cinzas e eu navegava no amor de Delgadina com uma intensidade e uma alegria que nunca conheci na minha vida anterior. Graças a ela enfrentei pela primeira vez o meu ser natural enquanto decorriam os meus noventa anos. Descobri que a minha obsessão de que cada coisa estivesse no seu lugar, cada assunto no seu tempo, cada palavra no seu estilo, não era prémio merecido de uma mente ordenada mas, pelo contrário, um sistema completo de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, mas como reacção contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir a minha mesquinhez, que passo por prudente por ser pessimista, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que não se saiba que pouco me importa o tempo alheio. Descobri, por fim, que o amor não é um estado de alma mas um signo do Zodíaco. "
Memória das Minhas Putas Tristes, Gabriel García Márquez
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maio 16, 2005
reze-se
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O Problema de Portugal não é falta de inteligência: é, sim, a parvoíce ufana diplomada, trolha, sacana albardada de ciência.
O Problema de Portugal não é a falta de herança: é, sim, o vácuo promovido a espírito santo de ouvido a asno de Sancho Pança!
O problema de Portugal não é falta de inspiração: é, sim, a indistinta massa que imita, bajula, grassa esgoto d'ova em ovação.
O Problema de Portugal não é a falta de Talento: é, sim, a bosta que leveda fermenta, incha, cega e quase eclipsa o firmamento.
Repetir três vezes, antes de adormecer, para exorcizar espectros, avantesmas e aleijões mentais que possuem e assombram este país. Esses mesmo que aviltam, que degeneram uma pátria de sonhadores numa Quinta das Celebridades de pesadelo - um chiqueiro orwelliano, onde os comensais refocilantes se geminam e lambuzam: todos diferentes e todos iguais.
- posted by dragão @ 5/16/2005 08:22:00 PM
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Não posso deixar em claro A última emissão da �ntima. Novamente a música de Seigen Ono. A do piano, i Think of YOu. A que me transporta num embalo. A que me põe a recordar. A desejar que estivesses aqui.
Ou aÃ.
Seguiu-se outra, da banda sonora de Lost in Translation. Que me faz lembrar Pixies, mas ainda não descobri o que é. É Death in Vegas - Girls, descobri. Excelente.
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"Ai, quem me dera navegar para sempre a barca dos amantes..."
Assim começou o concerto de Sérgio Godinho. Uma voz lÃmpida , madura, que tive a oportunidade de ouvir ao vivo, numa sala de auditório, cuja acústica não sabotou coisa nenhuma o espectáculo. Ao entrar ouvi comentar: "vamos para um concerto revolucionário, para assitirmos sentados". Olhei para trás , ri-me em cumplicidade. Percebi-o completamente, mas... para uma assistência medianamente nos seus quarentas e cinquentas , sentado se calhar era melhor.
Emocionei-me, no escuro da sala com : "..Sumo na vida é o que eu te desejo, rumo na vida um beijo"
Tocou o Barnabé... Toucou o Primeiro Dia, e quase ouvia a versão dos Rádio Macau.
Só não tocou esta:
"Espalhem a notÃcia , do mistério da delÃcia desse ventre espalhem a notÃcia do que é quente e se parece com o que é firme e com o que é vago esse ventre que eu afago que eu bebia de um só trago se pudesse..."
O concerto acabou com um ambiente de confraternização, como só o Sérgio conseguiria fazer. Os fatos e gravatas (alguns) já estariam mais desafogados por esta altura.
Ah é verdade! Tremenda injustiça seria esquecer as excelentes participações do Vitorinoe do Camané. A voz do Camané impressionou-me, eu, que não ligo ás artes vocais do fado. Está ali uma excelente voz.
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maio 14, 2005
(I keep) A close watch
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As memórias de momentos passados da Ãntima que este tema me traz.
.: Sob Escuta :.
(I keep) A close watchJohn Cale
Never win and never lose There's nothing much to choose Between the right and wrong Nothing lost and nothing gained Still things aren't quite the same Between you and me
I keep a close watch on this heart of mine I keep a close watch on this heart of mine
I still hear your voice at night When I turn out the light And try to settle down But there's nothing much I can do Because I can't live without you Any way at all
I keep a close watch on this heart of mine I keep a close watch on this heart of mine
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maio 13, 2005
Unà Ssono
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Agora todos os bloggers, solitários e bilingues , repitam comigo a uma só voz:
" God... How I miss Therapy! "
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maio 11, 2005
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I still say Your name, at times when i'm raised above ground, by the reminiscences. The reminiscent body of Yours lies next to me, Your reminiscent breathe , Your surrendered voice, Your laugh.
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( If ) You know what you want, but you're not getting what you want, it is time to move on. It's liberating, trust me.
Que seria de mim sem os preciosos conselhos da Oprah Winfrey?
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maio 06, 2005
6 de Maio
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As datas têm o significado que lhes quisermos atribuir, independentemente do nelas possa ter acontecido. Em última análise é sempre nossa a decisão de lembrar ou esquecer. E pode ser tanta coisa ! Para tanta gente, tanto universo, tanto percurso!
6 de Maio é um bairro 'problemático' dos muitos da Amadora. Vivi dois anos quase ao lado desse bairro e nunca quis saber que raio era o 6 de Maio. Ninguém quer saber.
Como o 'meu' 6 de Maio: ninguém quer saber.
Faz hoje um ano. Outro irá passar.
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Jonh Cale? Pois..... Hum... Está difícil de "arranjar" ... Re-coloco a lyric.
Entretanto...
8 femmes
.: Sob Escuta :.
Oito mulheres . Numa casa. Raramente é coisa boa. Vi o filme este fim de semana, na RTP, para matar o tédio do tempo que custa a passar. Mas vi mais porque entrava a Catherine Deneuve. Era um musical-intriga-suspense-comédia , com os enredos femininos altamente dificeis de acompanhar (pudera..), como ingrediente principal. Catherine interpretou este "Toi jamais". A música e a letra aliam-se numa descrição de desalento amoroso. A música transmite-me um embalo pimba. Não sei explicar, que vos parece? Eu que pensava que o pimba era português...
.: Sob escuta :.
Artist: Gaby (cantado por Catherine Deneuve) Toi jamais
Ils veulent m'offrir des voitures, des bijoux et des fourrures Toi jamais Mettre à mes pieds leur fortune Et me décrocher la lune Toi jamais Et chaque fois qu'ils m'appellent, ils me disent que je suis belle Toi jamais Ils m'implorent et m'adorent Mais pourtant moi je les ignore Tu le sais
Homme, Tu n'es qu'un homme Comme les autres je le sais Et comme Tu es mon homme Je te pardonne Et toi jamais
Ils inventent des histoires, Que je fais semblant de croire Toi jamais Ils me jurent fidélité jusqu'au bout de l'éternité Toi jamais Et quand ils me parlent d'amour ils ont trop besoin de discours Toi jamais Je me fous de leur fortune Qu'ils laissent là où est la lune sans regret
Homme, Tu n'es qu'un homme Comme les autres je le sais Et comme Tu es mon homme Je te pardonne Et toi jamais
Tu as tous les défauts que j'aime Et des qualités bien cachées Tu es un homme, et moi, je t'aime Et ça ne peux pas s'expliquer
Car homme Tu n'es qu'un homme Comme les autres je le sais Et comme Tu es mon homme je te pardonne Et toi jamais
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maio 05, 2005
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