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I love mankind; it's people I can't stand.
Charles M. Schulz

 

fevereiro 12, 2009

 

Quebra-silêncio

O esquecimento e o abafamento dos factos são dois dos instrumentos que herdámos da ditadura que não soubemos purgar devidamente, e à sombras dos quais vive muito boa alma.

Tivemos uma revolução demasiado romântica, à sombra da qual muitos personagens saíram com uma reputação novinha em folha. Outros tiveram a decência de fugir.

Num país a sério com uma revolução decente, esses personagens eram abatidos na rua e o seu sangue seria para lavar pedras da calçada.

Hoje, Portugal é um país de calados onde se mantêm os personagens colaboracionistas e sua proles. E as práticas perduram.

Vivemos num país que em tempos de alardeada 'crise' (como podemos chamar então os sombrios tempos em que sobreviveram os nossos pais e avós?) temos uma manada inútil de deputados que os assuntos mais importantes que encontram para debater são o casamento dos homossexuais, e a promoção destes a vítimas na nova lei penal de proteção á vítima (nem estou interessado em saber se é esta a designação). E a grande maioria dos portugueses que são as vítimas silenciosas destas elites legisladoras e suas asneiras constates e verborreicas?  Essa maioria anestesiada vê passar nas suas barbas uma montanha de dinheiro entregue da bandeja á suja banca portuguesa. 20 biliões de €!

E a eutanásia vem aí. O debate sobre a dita, entenda-se, porque o que devia realmente ser aprovada era a eutanásia destes senhores (e senhoras) 'doutores' em praça pública.

A crise não existe. A sua origem é filosófica. É uma condição de transformação seja do que fôr neste planeta: vivo ou inanimado.

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