setembro 26, 2007
Desiderata
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Max Ehrmann
Go placidly amid the noise and haste, and remember what peace there may be in silence. As far as possible without surrender be on good terms with all persons. Speak your truth quietly and clearly; and listen to others, even the dull and the ignorant; they too have their story.
Avoid loud and aggressive persons, they are vexations to the spirit. If you compare yourself with others, you may become vain and bitter; for always there will be greater and lesser persons than yourself. Enjoy your achievements as well as your plans.
Keep interested in your own career, however humble; it is a real possession in the changing fortunes of time. Exercise caution in your business affairs; for the world is full of trickery. But let this not blind you to what virtue there is; many persons strive for high ideals; and everywhere life is full of heroism.
Be yourself. Especially, do not feign affection. Neither be cynical about love; for in the face of all aridity and disenchantment it is as perennial as the grass.
Take kindly the counsel of the years, gracefully surrendering the things of youth. Nurture strength of spirit to shield you in sudden misfortune. But do not distress yourself with dark imaginings. Many fears are born of fatigue and loneliness. Beyond a wholesome discipline, be gentle with yourself.
You are a child of the universe, no less than the trees and the stars; you have a right to be here. And whether or not it is clear to you, no doubt the universe is unfolding as it should.
Therefore be at peace with God, whatever you conceive Him to be, and whatever your labors and aspirations, in the noisy confusion of life keep peace with your soul.
With all its sham, drudgery, and broken dreams, it is still a beautiful world. Be cheerful. Strive to be happy.
Max Ehrmann, Desiderata, Copyright 1952.Etiquetas: melancolia
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Conação
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Ah, então é isso.
Eu ia á procura de uma surpresa e... encontrei.Etiquetas: paródia
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setembro 12, 2007
está tão crescido!
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No carro, no colo da minha namorada, não deixo de erguer a cabeça ao que ela comenta que estou sempre atento. Respondo que é por causa do Terrorismo. Rimos. Já tem seis anos o nosso menino. Cresceu tanto! Já vai ás escolas, ás mesquitas, ás igrejas, a todo o lado. É vê-lo correr mundo e fundo, assustando de medo homens e mulheres adultos como se crianças fossem, e a trazer prédios abaixo com mais eficiência que se fosse por contrato. Ele alimenta-se desse medo, e é por isso que está tão grandinho o magano! Nasceu no melhor berço do chamado mundo Ocidental, ou democrático. Um berço de ouro, pois. A bem da verdade não nasceu nesse dia, ele já existia. Mas depois desse dia, os governos passaram a inclui-lo na agenda e até instrumentalizando o medo dos seus cidadãos. Ora este conceito já tem um nome... (In memoriam) A propósito do menino, ouvi esta Notícia há dias: Mas desde quando é que um tipo minimamente inteligente, sabendo que nas redes de comunicação a privacidade não existe, vai aos motores de busca procurar palavras como genocídio, matar, como quem precisa de instruções? Por favor... Tenham dó senhores, a paranóia só tem uma interpretação: aquela sede inconfessável dos governos auto-apelidados de democráticos de terem na mão valiosos 'luxos' como o controle da informação, acessíveis apenas aos regimes descaradamente autocráticos que ainda existem sob tantas peles de cordeiro no Mundo. Ou será esta medida mais uma importação do modelo ultra puritano americano, que em face de uma chuva não recomenda o uso do guarda-chuva, mas que fiquemos todos em casa? Etiquetas: paródia, politica
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setembro 04, 2007
Over some Rainbow
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Thank You for the patiente. Thank You for believing in the possibilities of things to come. Thank You for the laughter. Thank You for the seriousness when there was no room for any laughter. Thank you for beeing in the right place, all the time. Thank You for not leaving me alone when everyone seems going in the exact direction into disaster. Thank You for showing me that not everything needs to be the way things allways have been through time. Good Friends don't go away. They just move from place to place. You are a Good Friend. :) I will miss You, Janez.
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setembro 03, 2007
Viagem Adiada
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Passei o tempo mesmo antes do começo das férias a pensar, a desejar. Tinha de ser este ano, e não passaria mais nenhum. Tinha de voltar ao Faial. E corriam as imagens , as memórias das vezes que lá passei e olhei o Mar, a Natureza intacta (sim, as campanhas do Turismo dos Açores na televisão são verdadeiras). Os Açores sempre me pareceram uma bolsa de resistência á vaga de homogeneização cultural, essa face do novo fascismo global. Tem resistido á acção transformadora do Homem (eles chamam-lhe progresso) que, diante da presença telúrica da obra da Natureza, mais parecem excertos de comédia. Os Açores resistiram, digo, mas não os açorianos que sempre enfrentam os caprichos dessa mesma Natureza com um temor quase bíblico, e assim 'cedem' (legitimamente) á aspiração de que essa vaga chegue, e chegue depressa, e com ela se quebre o isolamento, a ultraperiferia, etc. Mas quebrando também o maior activo daquelas terras: a paixão incabada com se sai de lá. Estive lá. Como tenho sempre podido estar , desde que lá estive: Sonhando. Obrigado RTPN (VIAJAR É PRECISO). Etiquetas: melancolia, memória
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Ratos como nós
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A Espanha tem sofrido nos últimos anos com as incursões de imigrantes ilegais nas ilhas Canárias. Agora são os ratos. Eles vêm aí, segundo os jornais do fim de semana. Numa verdadeira onda de imigração clandestina, corremos o risco de acolher mais ratos em Portugal que os que já temos por cá. Eu proponho que o Governo Português, sob a égide do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros formasse uma comitiva de diplomatas que possa estabelecer um diálogo com o chefe deles. Os ratos. A escolha deve-se ao facto de os emissários portugueses por pertecerem á elite da nossa sociedade política saberem falar a língua e conhecerem os costumes dos ditos bichos. Será também uma excelente oportunidade para um intercâmbio cultural e de experiências. Para não falar do mágico aumento que os emissários veriam no seu salário, fruto de tão nobres funções. Não falemos, pois. A nossa diplomacia deverá entregar em mãos um pacote (raticida não vale) contendo um relatório do estado da nação portuguesa de tal forma realista que os faça dar meia volta de tão apavorados. Tarefa fácil. Deverão também fazer saber ao chefe dos ratos que os que nós por cá já temos (fruto de debandadas antigas) uma significativa população de ratos, sendo bem sucedida e mais abundante nos estratos ditos superiores. É , portanto uma pirâmide de estratos sociais invertida. Mas que por tal facto não se devem deixar cair na ilusão de que Portugal é a terra das oportunidades. É falso. É a terra dos oportunistas. É diferente. Devem também fazer saber aos ratos invasores que o nosso sistema judicial não fornecerá garante da proteção dos seus direitos. Embora forneça um manancial de comida devido ás montanhas de processos acumulados em cada comarca, ricos em fibra. Rats GO Home! Etiquetas: paródia, politica, politiquice
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Vermelhos Infames
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Arruaceiros, betinhos mimados sem mais que fazer. Já os classificaram com estas e muitas mais palavras de apreço pelo único acontecimento num Verão político mais morno que um copo de cerveja no Sol do Algarve. E subscrevo-os todos sem hesitação. O FUZILAMENTO DE UM ACTIVISTA, por Alberto Gonçalves O sr. Gualter Baptista sobre o pacifismo teórico dos Verde Eufémia e o registo filmado da agressão ao agricultor de Silves: "Não sei se existe um pontapé, ou se existe um levantar de pé." O sr. Gualter Baptista sobre as máscaras dos Verde Eufémia: "As pessoas também têm o direito de tapar a cara, também podem ter medos (sic) que a justiça caia sobre elas." O sr. Gualter Baptista sobre a destruição do milho transgénico: "Eu não estava na acção, estava a dar voz à acção." O sr. Gualter Baptista sobre o suporte logístico: "O GAIA não aprova essa acção, o GAIA apoia essa acção." O sr. Gualter Baptista sobre a legitimidade: "A ASAE, quando entra num restaurante e deita fora a carne estragada, está a invadir uma propriedade." As frases acima são uma selecção casual das dezenas de momentos hilariantes que o sr. Gualter, doutorando com bolsa, porta-voz do Verde Eufémia e talvez coordenador de uma seita de ociosos intitulada GAIA (ele próprio não está seguro), proporcionou na entrevista à SIC Notícias e a Mário Crespo. O sr. Gualter, um sujeito desagradável versado na arruaça, e para quem a liberdade começa onde acaba a dos outros, não merece comentários. Mário Crespo, em contrapartida, parece suscitá-los em abundância. Num ápice, os blogues, os exactos blogues aparentados do Bloco de Esquerda que a princípio fingiram lamentar a invasão do milheiral, encheram-se de críticas ao profissionalismo do jornalista, que ao que consta foi persecutório, desonesto, impreparado, tendencioso e arrogante. Tradução: Mário Crespo não permitiu que o sr. Gualter publicitasse a sua delinquente causa, nem dedicou ao bravo desobediente civil as meiguices que o seu bando não teve para com o agricultor algarvio. Em consequência, o sr. Gualter saiu da SIC num estado próximo do pranto, o que não se faz. Ou faz? É evidente que Mário Crespo percebeu em dois minutos o filão de boçalidade autoritária que tinha à sua frente, e que não resistiu a passar os vinte e tal seguintes a divertir-se com ele. Não foi uma aula de isenção jornalística, foi um prolongado prazer, que eu, espectador, agradeço. E quanto às aflições humanitárias, pede-se calma: conforme se demonstrou, o pobre sr. Gualter não precisa de Mário Crespo para se cobrir de ridículo. Se o País fosse menos folclórico, nem precisaria de Mário Crespo para coisa nenhuma: há muito que o sr. Gualter deveria ter sido entrevistado por um juiz. É por isso que, como algumas cabeças têm repetido, a triste história de Silves convida a um debate. Mas não acerca dos transgénicos: acerca da Justiça. E, já agora, dos critérios de atribuição das bolsas de doutoramento. [...] Terminou o Verão. Parece que vem aí um Outono quente. E parece que vêm ratos, 750 milhões de ratos que em Agosto cirandaram por Espanha a arrasar cultivos. Não duvido que os cultivos fossem geneticamente modificados e os ratos activistas ecológicos. Garantido é que são ratos e que estão na fronteira com o Nordeste Transmontano. Eu também. A minha casa dista cinco quilómetros do pedaço da raia em que os roedores/activistas se concentraram, talvez por via de SMS. Escrevo isto com o computador no colo, a caçadeira ao lado e os cães à solta. Da janela acompanho a orla dos outeiros e perscruto movimentos suspeitos. Acho que vi um bicho na curva da estrada. Dêem-me licença por um momento. Afinal, era o meu cão. Dêem-me licença outra vez. Agora não é o meu cão. Agora sim, fechou-se a silly season, quase tão insuportável quanto a expressão propriamente dita. Agora é a sério. Etiquetas: paródia, politica, politiquice
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