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I love mankind; it's people I can't stand.
Charles M. Schulz

 

agosto 23, 2005

 

Inteligência é a capacidade de se renascer veze sem conta. Morrer para o passado é inteligência, e viver no presente é inteligência.

in Intuição, Osho, Pergaminho

Fiz leituras estes dias. Mas ás vezes tropeçamos no inesperado da leitura alheia.
Gostei muito da substância filosofal deste livro e do seu autor.

Tenho de deixá-lo para trás. O livro. Não é meu.

 

agosto 21, 2005

 

 in-completo
Tenho Saudades Tuas (minha) Princesa. Penso em Ti. Muito.

Demais.
Desdigo-te.
Excluo-te do pensamento.
Inútil.

Como eu.

Sonhei contigo há dias. Eu, que costumo sonhar pouco. Peguei a tua mão de papel, estendida para a minha , senti-te os dedos apertados, macios. Acordei bem nesse dia.

Tinhas estado ali, tão perto.

 

agosto 09, 2005

 

Evidências a Fogo (Posto)


A indústria dos incêndios



A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.

José Gomes Ferreira
Sub-director de Informação

Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.

Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:

1 - Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica?

Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?

Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?

Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?

Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?

2 - A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios...

3 - Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.


4 - À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: "enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.

5 - Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.

Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime...

Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta - e até as habitações - e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?

Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.

Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo - destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.



Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:

1 - Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.

2 - Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).

3 - Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores

4 - Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.

5 - Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.

6 - E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.

Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo.

José Gomes Ferreira

 

 

Lembro-me aqui há uns dois anos , na Antena3 um Verão inesquecível, muito Sol , muita praia, e mariscada regada a vinho João Pires.
Bom, mas a Antena3 nas tardes de Domingo estava um programa cujo mote era: "Em busca de uma música para o verão".
A ideia era deliciosa e ora ressucitava músicas de uma geração inteira, outras vezes mais recentes. E ponho-me a pensar que música escolheria para este verão?

Os meus desejos:

Ban - Mundo de Aventuras, Ideal Social (?)
António Variações & Humanos

Xutos & Pontapés - De Bragança a Lisboa ...., Alegre Casinha e outras

Marilyn Manson - Personal Jesus
Depeche Mode - Personal Jesus (surpresa!), e muitas outras deles (fã incondicional)

Adriana Calacanhotto - Fico Assim sem você e outras..

Radiohead - The Bends (o álbum todo!)

Texas - You can say what you want...


Outras músicas que se cruzem comigo este Verão vou pondo aqui. E se sentir música no ar...
Vou abrir bem... os olhos, para não me passar ao lado a beleza e o perfume.

 

 

O Telefone
O Telefone
Quando um Gajo e uma Gaja se envolvem numa relação, para alêm das formas normais de comunicação (falar, arremessar objectos contundentes, usurpar comandos), comunicam tambêm por telefone. Até há bem pouco tempo, havia a noção de que os Gajos não tinham em si os genes necessários para falar longas horas ao telefone, e quando o usavam era para dar recados rápidos de índole “logo saio às oito, não janto em casa, xau�. As Gajas, que se há coisa que gostam é de passar horas ao telefone, mesmo com pessoas com quem passam horas pessoalmente, não entendiam esta vertente da personalidade do Gajo, e arrumavam-na na mesma gaveta que outras vertentes igualmente incompreensíveis*, mas que até se suportam porque as pilhas estão caras e acabam depressa.
Mas o dia chegou em que se inventaram os auriculares, e os Gajos começaram a poder falar ao telefone enquanto conduzem. E começaram a surgir telefonemas mais longos, de duração aproximadamente igual à distancia trabalho-casa, dependendo do trânsito e do preço da gasolina, em que os Gajos dissertavam longamente sobre o seu dia, os seus problemas, o sentido da vida, a conjuntura mundial e a melhor maneira de cozinhar bacalhau com natas. Ao princípio as Gajas deliciaram-se com a novidade pois isto dava-lhes a oportunidade de passar mais tempo a falar com o Gajo e sem ter que competir com futebol, o que não é todos os dias que acontece**. Mas chegou eventualmente a altura em que as Gajas, habituadas a estes longos períodos de conversa e partilha, resolveram começar a telefonar noutras alturas do dia para partilhar pequenos nadas que se vão passando na vida da Gaja comum, e quando telefonavam nestas outras alturas do dia, voltavam a deparar-se com o muro de “sim, pois, tens razão, agora tenho q ir, xau, beijo�. Isto poderia passar-se uma vez, e uma Gaja pensar “pois, reuniões�, duas vezes e uma Gaja “é... dor de dentes�, mas as Gajas começaram eventualmente a notar a tendência “quando tenho que passar o tempo tens que estar disponível para as minhas historinhas de merda, mas quando tenho outras coisas a fazer*** não quero nem saber que estejas em trabalho de parto de gémeos meus�. E foi este o dia em que as Gajas começaram a deixar de achar piada aos telefonemas longos com hora marcada e em que os Gajos deram por si a levar com impressoras lazer na cabeça por um motivo completamente novo e insuspeito.

*incapacidade de ver que a louça está por lavar, entre outras.
**de meados de julho a meados de agosto, em anos ímpares.
***ler os titulos dos jornais desportivos, p.e

 

 

Bem Vinda Tasks !

Bem hajas, gaja.

E eu aqui que pensei que havias partido naquela estrada.

 

agosto 07, 2005

 

Já desconfiava
Men do have trouble hearing women: research
Men who are accused of never listening by women now have an excuse - women's voices are more difficult for men to listen to than other men's.

Reports say researchers at Sheffield University in northern England have discovered startling differences in the way the brain responds to male and female sounds.

The research shows men decipher female voices using the auditory part of the brain that processes music, while male voices engage a simpler mechanism.

The Daily Mail quotes researcher Michael Hunter as saying, "the female voice is actually more complex than the male voice, due to differences in the size and shape of the vocal cords and larynx between men and women, and also due to women having greater natural 'melody' in their voices".

"This causes a more complex range of sound frequencies than in a male voice," Mr Hunter said.

The report says the findings may help explain why people suffering hallucinations usually hear male voices - the brain may find it much harder to conjure up a false female voice accurately than a false male voice.

The research is published in the specialist magazine NeuroImage.