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I love mankind; it's people I can't stand.
Charles M. Schulz

 

dezembro 24, 2007

 

Des-mistificado?

Interessante. Já no Câmara Clara da semana passada ouvi uma referência  do Professor Catedrático Moisés Espirito Santo a este assunto. Foi um programa a antecipar o solstício de Inverno, assinalado pela noite mais longa do ano, entre os dias 21 e 22 de Dezembro. Paula Moura Pinheiro, trazendo-nos o seu encanto e os temas que nos encantam, fora deste mundo. Nesse programa, o Sociólogo refere que a alteração  do nascimento de Cristo, em Setembro, deu-se para ofuscar as celebrações do deus romano Mitra, o deus solar.

A menos de uma semana do Natal, a 15ª edição do Ciência Hoje aborda dados de historiadores que situam o nascimento de Cristo sete anos antes... a 15 de Setembro e o relacionam com um censo ordenado pelo Imperador Augusto. David Cristina e Joaquim Cabral Teixeira questionam-se sobre a famosa Estrela de Belém e sobre a hipótese de se ter tratado de uma conjugação de Júpiter e Saturno.

Para descarregar: www.cienciahoje.pt/files/24/24678.mp3 (sofrível: a locução deixa a desejar)

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dezembro 23, 2007

 

O problema

O problema não é serem jovens, o problema é serem pobres.

O Secretário de Estado do Ordenamento do Território saiu-se com esta bela amostra do que por cá temos de melhor desta gente: um Estado que não serve as pessoas para nada, e que é dirigido por pessoas que se servem.

Pode ser que as coisas ditas assim, de chofre, doam menos.

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dezembro 22, 2007

 

(em) Mudança

Em todo o lado, em tudo: a Mudança. A um ritmo cada vez mais frenético. No trabalho, na economia, nas relações. Que domínio mais sensível que este ás mudanças, mesmo que externas e aparentemente irrelacionáveis?

Diz um amigo meu (e também Teu), que estamos todos a mudar. Mas a maneira como o disse, levava a frase ao seu sentido mais lato, e numa interpretação mais desafiadora. Uma metafísica do Tudo, que despia uma dinâmica subterrânea das coisas. E que nos punha um sorriso por estarmos nessa vaga, neste tempo. Mas também a apreensão se instalava.

Dias bons, e dias menos bons em maioria. Nesses, tenho a redenção das lágrimas, nos redemoínhos que me embalam, recolhido á noite, ou nos momentos solitários do dia. São caminhos, uns sem saída, outros que vêm dar onde comecei.

Páro, aos poucos, antes que estes processos me levem ás engrenagens profundas do nosso íntimo, que não queremos ver em movimento e que passamos os dias em fuga do interruptor que as coloca em movimento. Cada um com as suas estatégias. Levei semanas 'parado' nisto. Mas levei  bem menos tempo que em tempos idos. Nem tudo é mau.

Não sei se fico alegre por ver-te 'ligada', ainda 'presente', se aliviado quando te vais em silêncio. A tua presença agora deve-se a outras necessidades, ás necessidades de outros, os mesmos que secundarizam as tuas necessidades com a mínima hesitação. Esses, que na Tua singela bondade aturas incansavelmente. Derrubá-los, domesticá-los, foi  sempre uma demanda inglória. Porque não Te teria do meu lado. E sabendo-o aceitei, calei, dando o meu ombro á Tua mágoa.

Já não sou causa nem efeito do teu ser. Cada vez mais distantes, essa a única certeza. E magoa-me. Melhor: magoo-me. Gosto de Ti, e ao mesmo tempo faz-me mal falar contigo, estar contigo, mesmo dizendo que estás bem. Quero-Te bem, diz a música e digo eu. Continuo a querê-lo, imerso no silêncio, que nada me traz de Ti: não saber de Ti, como antes sabia, não falar contigo, como antes falava.

 

Estava á espera de algo muito melhor, de Ti. Estávamos os dois.

Sinto que merecia melhor. Também Tu.

Sinto que Te merecia. Tu não.

Paradoxos das relações.

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dezembro 18, 2007

 

Clã-destinos

Uma delícia.

A partir de Bruxelas, onde fez o balanço dos seis meses da presidência portuguesa da União Europeia, José Sócrates considerou que o desembarque dos clandestinos no Algarve foi um “acontecimento fortuito”, mas que deve servir “para avisar toda a Europa”.
Nenhum país-membro “está livre” do fenómeno da imigração ilegal, sustentou.

As indicações das autoridades indiciam que “o destino não era Portugal, mas sim Espanha, que é normalmente é o destino dessas embarcações”, declarou o primeiro-ministro após uma sessão plenária extraordinária no Parlamento Europeu.

in RTP. (na mesma página videos das várias reportagens da RTP)

É tão cómica a cara de José Sócrates (vídeo aqui), num estilo desdenhoso a afirmar que o destino (o objectivo entenda-se) dos 23 imigrantes ilegais dados á costa em Olhão era a Espanha, que estes costumam preferir como destino destas aventuras. Mas nós , portugueses percebemos bem, o que queriam os ditos imigrantes: era não pôr os pés neste país de perdidos, a qualquer custo, porque é precisamente de crises e catástofres que eles já vêm em fuga. Simplesmente isso. E até aposto que no imaginário destes imigrantes, Portugal não passa de uma província sub-desenvolvida. De Espanha, pois claro.

Mas o Mar revolto do Barlavento algarvio (que conheço apenas das mansidões folgadamente estivais) deu-lhes as voltas ao destino e ás preces a Alá (suponho que seja, se tivermos em conta a origem destas almas tresmalhadas).

Mas não deixa de ser um grande azar! Para ambos os lados. Mas para Sócrates, está tudo bem, tudo na normalidade. Ele só não esperava era este evento tão desprimoroso, tão desprovido de brilho, no encerramento da sua presidência da União Europeia. Sócrates não se eximiu a realçar, mais uma vez que este fenómeno está longe de ser resolvido, e para não lhe cair a maquilhagem afirma que é um aviso para toda a Europa. Será que os ditos (e desgraçados) imigrantes foram perversamente contratados por esta presidência para fazer o reforço (a pedagogia) dessa ideia?

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dezembro 17, 2007

 

Inside every man, lives the seed of the flower...!

Não conseguiria pô-lo de melhor forma!

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dezembro 16, 2007

 

Marca

Hoje ajudei a enfeitar com luzes  um arbusto de Natal. Não temos cá árvores finórias! Limpei os suportes e testámos as lâmpadas. Incandescentes como manda a tradição por estas bandas. Contra todas as cartilhas emergentes do aquecimento global. Que se lixe!

Na casa que já foi dos meus avós, a familia possível, esteve ali, por momentos.

Foi o teu pai que fez isso. Comprou o fio, os suportes, e montou.

Tomou-me de surpresa. Logo antes, enquanto me deparava com uns fios soltos pelo tempo, havia pensando quem teria tido a paciência, o carinho, para montar aquele artefacto. E reconheci logo a mestria daqueles fios ordeiramente entrados em cada suporte, espaçados regularmente. Só não esperava a idade avançada do enfeite. E após estes anos todos: Funciona!

As gerações cruzaram-se hoje:  os presentes, os que estão para se juntar a nós, e os que , pela sua marca ainda que cada vez mais ténue, continuam entre nós.

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Éter no Natal

A Antena 2 transmitiu este Domingo, no âmbito dos concertos Eurorádio de Natal, um concerto de Johanson and Brothers (Johanson ja Vennad). É um agrupamento folclórico da Estónia, que até hoje não conhecia e fiquei a adorar. A captação de som estava óptima, de uma pureza que tranformava o rádio do meu carro naquilo que nunca foi.

Coisas da rádio. Para poucos perceberem.

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dezembro 04, 2007

 

I Wish That I Could See You Soon

Herman Dune

 

I had to leave you and go away
but I think about you everyday
and in the morning and the afternoon
I wish that I could see you soon
and when I held you I felt so fine
it was like there was nothing left on my mind
it was like Rockaway Beach in the month of June
I wish that I could see you soon
I had no plans to meet you baby
I had a million things to do baby
but you hit my heart with a harpoon
I wish that I could see you soon


The angels go ''How long 'til you can see her?''
and I'm like: ''The sooner the better'',
''Do you really think she will wait for you?''
''Well I have no way to say and there's nothing I can do,
well I have no way to say and there's nothing I can do'', go!
Now listen, now that I am across the sea
I wonder if you're gonna wait for me
or if you're gonna find a new boy to spoon
I wish that I could see you soon
and if you wait a little my pretty friend
until I come back to hold your hand
we'll be like bugs when they break through a cocoon
you know, I wish that I could see you soon
it's been a while since I felt like this
now i found someone I really miss
under the sun, under the moon
I wish that I could see you soon


Angels: ''how long 'til you can see her?''
and I'm like: ''The sooner the better''
angels: ''do you really think she will wait for you?''
and i'm like: ''there's no way to say and there's nothing i can do
there's no way to say and there's nothing i can do'', go!
Angels again: ''How long 'til you can see her?''
I'm like: ''Well, the sooner the better''
''Do you really think she will wait for you?''
and I'm like: ''There's no way to say and there's nothing i can do
no way to say and there's nothing I can do,
Well, no way to say and there's nothing I can do
no way to say and there's nothying I can do''

 

 

Theatro Circo

Eis um dos concertos mais esperados do ano. O trio preferido de David Lynch vem apresentar “The Bird of Music”, um dos mais belos discos de 2007. Erika Forster, Annie Hart e Heather D’Angelo trazem a Braga uma pop de bom gosto, coesa e coral. Para os menos atentos há a salientar a inclusão de três temas das Au Revoir Simone na banda sonora da popular série “Anatomia de Grey”.

Theatro Circo, Braga.

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dezembro 03, 2007

 

Dreaming of you (the coral)

..Excelente.

Diz uma amiga minha: A alegria é a prova dos nove! :)



Whats up with my heart when it skips a beat? (skips a beat)
Can't feel no pavement right under my feet (under my feet)

Up in my lonely room (my room)
When I'm dreaming of you
Oh what can I do
I still need you, but
I don't want you now


When I'm down and my hands are tied (hands are tied)
I cannot reach a pen for me to draw the line (draw the line)
From this pain I just can't disguise (can't disguise)
Its gonna hurt but I'll have to say goodbye (say goodbye)


Up in my lonely room (my room)
When I'm dreaming of you
Oh what can I do
I still need you, but
I dont want you now


Oh yeah

Ohhhhhhhh Oh-Ohhhhh Oh-Ohhhhhh Oh-Oh Oh-OOhhhh

Up in my lonely room (my room)
When I'm dreaming of you
Oh what can I do
I still need you, but
I dont want you now




..mas a faixa-matador foi esta definitivamente:

Fireflies (just close your eyes enjoy the music, ignore the video)



You won't see me cry..


Obrigado, Meninas.

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dezembro 02, 2007

 

Re flexão

Porque é que a grande maioria dos recursos deste planeta, continuam a estar, ou tinham de cair do céu para as mãos de bárbaros?

Ironias e sarcasmos divinos, uma certa fatalidade cósmica,  é o que é...

São bárbaros. Não acreditam em deus, no "nosso" ou no "deles", não interessa, porque já niguém quer saber. Não acreditam nos nossos valores.

Que bagunça, a que criámos!

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Ingéni(u)o

Porque é que nascem tão poucas crianças em Portugal?

Foi o tom pungente, ingénuo quase, do Presidente da República ao apontar um dos sintomas da desertificação do interior do país.

Eu não acredito que tenha desaparecido dos portugueses o entusiasmo de trazer vidas novas ao mundo

Pois acredite que é verdade, e não é trazê-los ao mundo que custa (depende de como vemos a questão) mas sustentá-los, até á idade em que o possam fazer por si próprios, que é também a idade em que acham os pais uns 'quadrados'. E isto tudo em Portugal. Uma aventura, portanto!

Quanto ao "entusiasmo" de gerar as tais 'novas vidas', esse nunca faltou, Sr. Presidente. Nem aqui, nem em qualquer outra parte.

Quando os jovens têm a sua auto-suficiência cada vez mais tarde nas suas vidas, por uma série de factores, sendo um deles uma empregabilidade que não lhes dá nenhuma estabilidade, ou então mesmo o desemprego garantido, como podem eles "entusiasmar-se"?

Enquanto não surgirem empresas no interior do país, enquanto não surgirem investimentos, será muito difícil reter os jovens e criar empregos

Ora aí está uma das respostas á (sua) primeira pergunta.

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