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Des-mistificado? | |
Interessante. Já no Câmara Clara da semana passada ouvi uma referência do Professor Catedrático Moisés Espirito Santo a este assunto. Foi um programa a antecipar o solstício de Inverno, assinalado pela noite mais longa do ano, entre os dias 21 e 22 de Dezembro. Paula Moura Pinheiro, trazendo-nos o seu encanto e os temas que nos encantam, fora deste mundo. Nesse programa, o Sociólogo refere que a alteração do nascimento de Cristo, em Setembro, deu-se para ofuscar as celebrações do deus romano Mitra, o deus solar. Para descarregar: www.cienciahoje.pt/files/24/24678.mp3 (sofrível: a locução deixa a desejar) Etiquetas: conversas |
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O problema | |
O Secretário de Estado do Ordenamento do Território saiu-se com esta bela amostra do que por cá temos de melhor desta gente: um Estado que não serve as pessoas para nada, e que é dirigido por pessoas que se servem. Pode ser que as coisas ditas assim, de chofre, doam menos. Etiquetas: paródia, politica, politiquice |
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(em) Mudança | |
Em todo o lado, em tudo: a Mudança. A um ritmo cada vez mais frenético. No trabalho, na economia, nas relações. Que domínio mais sensível que este ás mudanças, mesmo que externas e aparentemente irrelacionáveis? Diz um amigo meu (e também Teu), que estamos todos a mudar. Mas a maneira como o disse, levava a frase ao seu sentido mais lato, e numa interpretação mais desafiadora. Uma metafísica do Tudo, que despia uma dinâmica subterrânea das coisas. E que nos punha um sorriso por estarmos nessa vaga, neste tempo. Mas também a apreensão se instalava. Dias bons, e dias menos bons em maioria. Nesses, tenho a redenção das lágrimas, nos redemoínhos que me embalam, recolhido á noite, ou nos momentos solitários do dia. São caminhos, uns sem saída, outros que vêm dar onde comecei. Páro, aos poucos, antes que estes processos me levem ás engrenagens profundas do nosso íntimo, que não queremos ver em movimento e que passamos os dias em fuga do interruptor que as coloca em movimento. Cada um com as suas estatégias. Levei semanas 'parado' nisto. Mas levei bem menos tempo que em tempos idos. Nem tudo é mau. Não sei se fico alegre por ver-te 'ligada', ainda 'presente', se aliviado quando te vais em silêncio. A tua presença agora deve-se a outras necessidades, ás necessidades de outros, os mesmos que secundarizam as tuas necessidades com a mínima hesitação. Esses, que na Tua singela bondade aturas incansavelmente. Derrubá-los, domesticá-los, foi sempre uma demanda inglória. Porque não Te teria do meu lado. E sabendo-o aceitei, calei, dando o meu ombro á Tua mágoa. Já não sou causa nem efeito do teu ser. Cada vez mais distantes, essa a única certeza. E magoa-me. Melhor: magoo-me. Gosto de Ti, e ao mesmo tempo faz-me mal falar contigo, estar contigo, mesmo dizendo que estás bem. Quero-Te bem, diz a música e digo eu. Continuo a querê-lo, imerso no silêncio, que nada me traz de Ti: não saber de Ti, como antes sabia, não falar contigo, como antes falava.
Estava á espera de algo muito melhor, de Ti. Estávamos os dois. Sinto que merecia melhor. Também Tu. Sinto que Te merecia. Tu não. Paradoxos das relações. Etiquetas: melancolia, memória |
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Clã-destinos | |
Uma delícia.
in RTP. (na mesma página videos das várias reportagens da RTP) É tão cómica a cara de José Sócrates (vídeo aqui), num estilo desdenhoso a afirmar que o destino (o objectivo entenda-se) dos 23 imigrantes ilegais dados á costa em Olhão era a Espanha, que estes costumam preferir como destino destas aventuras. Mas nós , portugueses percebemos bem, o que queriam os ditos imigrantes: era não pôr os pés neste país de perdidos, a qualquer custo, porque é precisamente de crises e catástofres que eles já vêm em fuga. Simplesmente isso. E até aposto que no imaginário destes imigrantes, Portugal não passa de uma província sub-desenvolvida. De Espanha, pois claro. Mas o Mar revolto do Barlavento algarvio (que conheço apenas das mansidões folgadamente estivais) deu-lhes as voltas ao destino e ás preces a Alá (suponho que seja, se tivermos em conta a origem destas almas tresmalhadas). Mas não deixa de ser um grande azar! Para ambos os lados. Mas para Sócrates, está tudo bem, tudo na normalidade. Ele só não esperava era este evento tão desprimoroso, tão desprovido de brilho, no encerramento da sua presidência da União Europeia. Sócrates não se eximiu a realçar, mais uma vez que este fenómeno está longe de ser resolvido, e para não lhe cair a maquilhagem afirma que é um aviso para toda a Europa. Será que os ditos (e desgraçados) imigrantes foram perversamente contratados por esta presidência para fazer o reforço (a pedagogia) dessa ideia? Etiquetas: paródia, politica, politiquice |
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Inside every man, lives the seed of the flower...! Não conseguiria pô-lo de melhor forma! Etiquetas: musica |
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Marca | |
Hoje ajudei a enfeitar com luzes um arbusto de Natal. Não temos cá árvores finórias! Limpei os suportes e testámos as lâmpadas. Incandescentes como manda a tradição por estas bandas. Contra todas as cartilhas emergentes do aquecimento global. Que se lixe! Na casa que já foi dos meus avós, a familia possível, esteve ali, por momentos.
Tomou-me de surpresa. Logo antes, enquanto me deparava com uns fios soltos pelo tempo, havia pensando quem teria tido a paciência, o carinho, para montar aquele artefacto. E reconheci logo a mestria daqueles fios ordeiramente entrados em cada suporte, espaçados regularmente. Só não esperava a idade avançada do enfeite. E após estes anos todos: Funciona! As gerações cruzaram-se hoje: os presentes, os que estão para se juntar a nós, e os que , pela sua marca ainda que cada vez mais ténue, continuam entre nós. Etiquetas: melancolia, memória |
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Éter no Natal | |
A Antena 2 transmitiu este Domingo, no âmbito dos concertos Eurorádio de Natal, um concerto de Johanson and Brothers (Johanson ja Vennad). É um agrupamento folclórico da Estónia, que até hoje não conhecia e fiquei a adorar. A captação de som estava óptima, de uma pureza que tranformava o rádio do meu carro naquilo que nunca foi. Coisas da rádio. Para poucos perceberem. Etiquetas: musica |
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Theatro Circo | |
Etiquetas: musica |
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Dreaming of you (the coral) | |
..Excelente. Diz uma amiga minha: A alegria é a prova dos nove! :)
Etiquetas: melancolia, memória, musica, paródia |
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Re flexão | |
Porque é que a grande maioria dos recursos deste planeta, continuam a estar, ou tinham de cair do céu para as mãos de bárbaros? Ironias e sarcasmos divinos, uma certa fatalidade cósmica, é o que é... São bárbaros. Não acreditam em deus, no "nosso" ou no "deles", não interessa, porque já niguém quer saber. Não acreditam nos nossos valores. Que bagunça, a que criámos! Etiquetas: paródia, politica, politiquice |
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Ingéni(u)o | |
Foi o tom pungente, ingénuo quase, do Presidente da República ao apontar um dos sintomas da desertificação do interior do país.
Pois acredite que é verdade, e não é trazê-los ao mundo que custa (depende de como vemos a questão) mas sustentá-los, até á idade em que o possam fazer por si próprios, que é também a idade em que acham os pais uns 'quadrados'. E isto tudo em Portugal. Uma aventura, portanto! Quanto ao "entusiasmo" de gerar as tais 'novas vidas', esse nunca faltou, Sr. Presidente. Nem aqui, nem em qualquer outra parte. Quando os jovens têm a sua auto-suficiência cada vez mais tarde nas suas vidas, por uma série de factores, sendo um deles uma empregabilidade que não lhes dá nenhuma estabilidade, ou então mesmo o desemprego garantido, como podem eles "entusiasmar-se"? Ora aí está uma das respostas á (sua) primeira pergunta. Etiquetas: conversas, politica, politiquice |
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