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I love mankind; it's people I can't stand.
Charles M. Schulz

 

abril 21, 2007

 


O mais difícil não é subir.
O pior, é quando olhamos para trás e temos de fazer o regresso.


Obrigado por estares lá, Carmo.
Sem ti, o regresso iria ser menos digno, menos humano, e provavelmente fatal.

 

abril 15, 2007

 


Com o Argonauta, na Antena 2 tenho embarcado em sons que podem não estar ao alcance do comum dos mortais. E que me importa isso ? sim, que me importa os outros ?

Há dias, no carro (que ainda tem um auto-rádio que se safa), estava á espera, e ouvia, ouvia, ouvia, mergulhava. Tive a sensação mais próxima de um 'orgasmo' auditivo. Juro!

Vai já o link para ali, ao lado. -->

 

abril 06, 2007

 

Câmara manda retirar cartaz do Gato Fedorento



O vereador dos Espaços Públicos, António Proa, mandou retirar o cartaz-reacção dos Gato Fedorento. É ilegal, diz o autarca.

A Câmara de Lisboa vai mandar retirar um cartaz do grupo humorístico Gato Fedorento colocado "ilegalmente" esta noite no Marquês de Pombal, que satiriza outro cartaz contra a imigração colocado pelo Partido Nacional Renovador (PNR).

Segundo uma nota do gabinete do vereador dos Espaços Públicos, António Proa, o cartaz dos Gato Fedorento, colocado ao lado do do PNR, "não possui licença camarária". Caso a notificação para a retirada do cartaz não seja cumprida, a autarquia vai "proceder à sua remoção coerciva", que terá que ser paga pelo infractor.
Onde o PNR defende que "Basta de Imigração", com a imagem de um avião a descolar e a mensagem "Façam boa Viagem", os humoristas do Gato Fedorento contrapõem "Mais Imigração!", com a imagem de um jacto a aterrar acompanhado da legenda "Bem vindos!".
A sátira à mensagem do PNR estende-se a outras frases que os Gato Fedorento colocaram no cartaz: "a melhor maneira de chatear estrangeiros é obrigá-los a viver em Portugal" e "Nacionalismo é parvoíce".
As caras dos quatro humoristas surgem caracterizadas à semelhança do presidente do PNR, José Pinto Coelho, com bigode e pêra, e reproduzindo a sua expressão facial no cartaz que na semana passada originou polémica pela mensagem contra a imigração e que foi vandalizado no dia a seguir a ser colocado.
A nota da autarquia refere que em relação ao cartaz do PNR, cujas mensagens ficaram praticamente ilegíveis depois do vandalismo, "não tem capacidade legal" para o remover, ressalvando que "a lei confere total liberdade" às forças políticas e que a autarquia não pode agir "mesmo quando a razoabilidade e o bom senso assim o pareçam exigir".


A criatividade, em Portugal, quando está do 'lado do bem', ou do razoável, acaba sendo administrativamente coarctada. Tanta coisa que a administração pública em Portugal fecha sistematicamente os olhos, mas enfim, é nas coisas mesquinhas que se revela precisamente a sua inutilidade grassante.

Já agora, e para quem possa ter dificuldade em ler a imagem, é isto que está escrito:


Mais imigração!



A melhor maneira de chatear os estrangeiros é obrigá-los a viver em Portugal!

Bem-vindos!

Com portugueses não vamos lá. Nacionalismo é parvoíce!



É esta uma das coisas que me causa a tal tendência para o federalismo europeu total: a vontade de escapar a um Estado que nunca respeitou o Cidadão, nem tão pouco a sua noção do que está certo ou errado.
Um Estado que, na sua forma e atitudes ainda conserva trejeitos de um país queirosiano.

 

 

Bruxelas vê com bons olhos uma ratificação rápida ...
Bruxelas vê com bons olhos uma ratificação rápida do futuro Tratado europeu que evite a realização de referendos, noticia hoje o Expresso, adiantando que tal pode levar o Governo português a reconsiderar a sua posição de realizar uma votação sobre o assunto.

O semanário adianta que começa a emergir um consenso entre os países da UE para resolver a questão constitucional reduzindo ao mínimo a realização de referendos, uma solução bem vista pela Comissão Europeia, onde se defende que a revisão da posição portuguesa ganharia todo o sentido, uma vez que Portugal vai exercer a presidência da União e abrir uma conferência intergovernamental.

Fonte do gabinete do primeiro-ministro disse ao Expresso que «se mantém a promessa eleitoral do referendo», salvo «se houver um grande volte-face ou uma decisão a 27».


Não sou um europeísta convicto.
É sem dúvida, a União Europeia no seu melhor. Tal como um organismo vivo cujo instinto mais básico é precisamente o da sobrevivência. A democracia federalista em acção, como um bulldozer das grandes corporações, arrastando tudo á sua frente, até o legítimo exercício democrático dentro de cada país. Quer queiramos quer não, vamos todos ser regidos por uma constituição que nem sequer vai ser referendada (leia-se também : discutida pela sociedade), por nós cidadãos directamente interessados. Para onde caminham estes regimes do chamado mundo democrático? Cada vez mais subservientes, calados, comprometidos.

Ainda tenho esperança que em Portugal se ignorem estas 'directivas' como tantas outras que somos tão hábeis a desrespeitar. Porque não desrespeitar mais esta, já que somos os maus alunos da Europa, sempre na cauda de qualquer estatítisca, que diferença fará?