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I love mankind; it's people I can't stand.
Charles M. Schulz

 

maio 19, 2010

 

Que pérola….

 

Vejam lá se adivinham quem é, NOS DIAS DE HOJE, este estudante em tempos ferrenho maoísta.

….Ele há coisas….

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novembro 11, 2009

 

Alô Brasil?

Sentindo misógino o suficiente, para escrever isto.

A respeito do folhetim que se passou na Universidade de Bandeirantes (Uniban), desse país considerado liberal como é o grande Brasil. Ao que parece, uma estudante assim para o atrevidinha tem enfrentado a comunidade universitária com a sua atitude indumentária, leia-se a bela da saia curta. Comunidade essa que, ao contrário das comunidades universitárias que conheço, opôs-se a tal atitude tendo até entrado em confronto com a dita safadinha. Bizarro ainda mais, tudo isto se passando no Brasil.

A Uniban não se põe de modas e expulsa a menina Geisy.

Começa aquela onda de reações do costume. A Uniban não deve ser muito abundante em safadinhas, pelos vistos. Eu explico: só uma escassez de safadinhas naquela universidade   poderia causar tamanha (e transatlântica) dôr de cotovelo na audiência masculina. Ou então a dita safadinha também já deve ter feito das suas a alguns tristes rapazes universitários. Quem não as conhece (ainda por cima nestas idades)  que as compre! já dizemos cá em Portugal. E as mocinhas são muito profícuas em sonsarias deste género, e depois vêm com todo este show de lágrimas.

Continuando o meu débito de fel: entre as reações de vários quadrantes na sociedade, vêm as militantes alas feministas choramingando que a dita aluna é um símbolo da opressão das mulheres, blá blá a conversa do costume, até dizerem que as mulheres não podem exprimir a sua sexualidade. Ah! Então era isso! Por um lado estes sectores atacam ao primeiro sinal de assédio, gritam “falta!” e que a mulher é constantemente tratada como objecto. Mas neste caso não, a safadinha tem toda a liberdade para se passear com o pernal ao léu, e a rapaziada que se arrume (no Brasil: que se vire!) , e traga mais papel higiénico para as aulas e pronto!

Eu acho que a rapaziada devia contra-atacar e vir para as aulas com roupa mais liberal ainda  sei lá , algo que coloque bem em evidência o orgulho sexual masculino (para não dizer exposto). Sei lá! Porque à rapaziada apetece exprimir a sua sexualidade!

Conclusão: Quando as mulheres pensam que podem entrar no debate politico é uma desgraça só.

Solução: Eu digo SIM ao sistema de ensino separado por género! Mas já sei que estou só.

Tenho dito.

>> Expelled for wearing a miniskirt… in Brazil

>> Novas imagens mostram reação de estudantes a aluna com minivestido

>> Brazil minidress woman readmitted

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setembro 02, 2009

 

Por Miguel Sousa Tavares
Segunda-feira, 29 de Jun de 2009
Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e
na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo
percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é
uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão
pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito
cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis.
Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está
espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como ?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que
o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto ,
vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro , por exemplo, não há
nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio .
Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na
poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional
está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que
produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como ?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha
Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando
'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há
restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de
'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por
isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado
perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três
horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo , Madrid -Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal , de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km .
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto ?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me
falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV
deles para Salamanca ; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital
Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota,
para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois,
pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e,
finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como : então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta
para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos
os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a
fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a
auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os
bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é
que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto,
nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o
justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com
Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como ? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela
pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50
quilómetros de Lisboa.
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da
cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as
companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um
pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um
hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a
Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que
é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber,
serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o
perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura
não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para
nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o
que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se
para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo
fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas
as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e
enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento.
E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar
como Portugal ! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

Miguel Sousa Tavares

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julho 26, 2009

 

Em nome de um polvo maior

A Máfia calabresa sofreu recentemente um golpe no valor estimado de 200 milhões de dólares (ou euros?) em bens confiscados pelas autoridades italianas. Os bens iam desde automóveis a imóveis. O costume.  Mas mostra bem que há outra Máfia que está a passar por dificuldades naquele país: o Governo italiano. Ganha quem tiver mais recursos!

O triste fado disto tudo é que entalado entre dois Polvos, está um POVO.

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