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I love mankind; it's people I can't stand.
Charles M. Schulz

 

abril 25, 2008

 

Zeca Afonso

Um concerto histórico, para que a História não se repita. Mas ao fim de 34 anos, repete-se infelizmente, e continuamos a sentir as músicas do Zeca actuais. Uma coisa que os regimes políticos não se livram, qualquer que seja a sua génese, é da revisão da memória a cada ano, a cada biénio, triénio, década. O percurso e a memória, revistos, lembrados e recapitulados mais ou menos abertamente, consoante a revolução que lhes dá origem e os regimes que emergem das mesmas.  E consoante as marcas que as  sevícias que provocaram a mudança de regime, deixaram na memória colectiva, essa, sempre falível. 'Livram-se' de tal exercício, os  regimes consoante o seu grau de totalitariedade. As tais 'democracias' que florescem por este planeta, mas que aos olhos dos mais atentos nem o título de democracia levariam.  Mas a memória, humana é o principio do fim. Ainda esta semana uma jornalista num jornal diário aqui da terrinha falava da Revolução de Abril de 1977 (!). Espero que tenha sido uma gralha. Ardentemente.

Mas olhando para trás e para o percurso...

Algo vai mal com esta República Lusitana. São os 'Vampiros'. Os que continuam a comer tudo, agora parece que com mais impunidade, mais indiferença, mais disparidade de riquezas súbitas, e a coberto de uma Justiça instrumentalizada e afogada em leis de encomenda. É a maior e mais perigosa lacuna que a democracia portuguesa vive actualmente: um sistema judiciário que tantas vezesnão aplica a lei quando esta pode ser aplicada sem sombra de dúvidas ou interpretações subjectivas, aplica-a errantemente, a medo, ou pior: de forma arbitrária de acordo com a cabeça de juízes que são intocáveis tanto mais como são incompetentes e corruptos. Um sistema judicial que permite a eternização de processos por interposição ad eternum de recursos, figura essa abusivamente usada por quem tem os meios económicos para eternizar processos dentro do sistema. A Justiça compra-se, é a melhor conclusão que podemos tirar. E quem não tem dinheiro...

Não quero saber o que se passa lá fora, dir-me-ão que lá fora não é muito difente. Não estou interessado.

É esta a maior fragilidade do regime democrático em Portugal.

Aquilo que o Povo criou nas ruas, lado a lado com as Forças Armadas, também pode destruir. O desgaste vê-se, sente-se ano a ano. Pode o Povo ainda hoje? Quer o Povo ainda hoje? Manda o Povo ainda hoje? Existe o Povo ainda hoje?

Clássicos da Rádio - 25 de Abril

Nota do dia: Hoje 25 de Abril, a Sra. que vem cá limpar apareceu para trabalhar.  Sinais dos tempos, se calhar... Abril SEMPRE!

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abril 15, 2008

 

 

 

 

Ceature Comfort

Encontrei por acaso e lembrei-me do filme que saiu há alguns anos atrás. Era uma curta sobre o que sentiam os animais que viviam num zoo.

Excelente. Só rir.

 

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abril 08, 2008

 

Chemical Brothers ... houve uns tempos que 'delirava' com eles. Depois degeneraram, popularizaram-se. Demais. Mas acho que encontrei excelente substituto.

Que tal?

Caribou, from Canada.

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abril 07, 2008

 

a Idade para tudo

Ontem pus-me a ver a reportagem da SIC. Sobre as armas ilegais em Portugal e os seus efeitos. 

Video aqui (A lei das armas).

Lá mostraram uma série de situações desde as profissões de risco que obrigam ao porte de armas, mesmo que ilegais, até ás situações de exclusão social em zonas 'problemáticas' de Lisboa, em que são mais habituais as cenas de violência policial e de tiroteios. Entre essas zonas, um pequeno bairro de lata, no Prior Velho em Loures.

A reportagem cruza-se com duas crianças, dois rapazes na rua. Começa a conversa, sobre a violência e sobre os tiroteios.

- E armas? Há armas cá no bairro?

- Há! Já vi, já vi... Ano novo. Ano novo eu vi.

- Que foi que aconteceu no Ano Novo?

- Começaram a disparar. Um irmão levou aqui um tiro, no peito.

- Duma bala perdida?

- Sim.

[........]

- Vocês sentem medo?

- Sim. Muito.

- Medo de quê?

- De morrer.

[Ao que timidamente um deles responde]

- De morrer, sem chegar até... ao ... adultério.

 

É claro que eu ao ouvir isto dei um pulo de um só riso.

 

Idade do adultério! Todos queremos lá chegar, um dia!

É sinal que estamos bem vivos!

 

Continuaram, num tom de esperança, que é quase um desalento:

 

- Eu gostaria que isso.... eu dava tudo, tudo , até minha casa, para esse bairro ficar limpo. Calmo.

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